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Sessão de 12 de Agosto de 1920

os encargos que resultaram do cultivo e da produção!

i V. Ex.a também não olha para os ganhos fabulosos dos comerciantes e dos industriais durante a guerra! (Apoiados).

l Eu não creio que haja alguém, a não ser V. Ex.a e as forças vivas, porque nada pagam, que seja capaz de defender uma monstruosidade desta natureza! (Apoiados).

Quem esta proposta vai sobrecarregar não é os altos, afirmo a V. Bx.a, e tenho pena que não esteja presente o Sr. Presidente do Governo, para lhe pregun-tar quem é que no seu concelho de Chaves-esta proposta vai sobrecarregar.

O Sr. Cunha Liai:—j Esta lei é feita para os ricos!

0 Orador: — Sr. Presidente: quando o Sr. Presidente do "Ministério for outra vez a um banquete, em Vila Franca, eu quero ver como S. Ex.a é recebido, não pelos magnates da lavoura, mas pelos pequenos agricultores, a quem S. Ex.a fica na obrigação' de fazer convidar.

1 E caso pura preguntar a S. Ex.a onde pagou imposto a ganância dos industriais o dos comerciantes na questão- dos adubos ! (Apoiados).

V. Ex.a, Sr. Ministro das Firumças, devia colectar essa gente, não pelo rendi-ruanto que descrevem no papel, mas pelo rendimento que realmente õles têem, deduzindo as suas despesas indispensáveis.

j Mas vamos à contribuição urbana!

Eu não vejo o que S. Ex.a pretende contribuição urbana^

Nós estamos num regime de publicidade em que o País tem o incontestável direito de Saber tudo quanto se passa; não deve, não pode, por isso mesmo, o Sr. Ministro das Finanças empxegar uma linguagem enigmática e sibilina que «ó pode traduzir se em inquietarão e dúvida o através da qual o país, rochoso o desconfiado;, não consegue descortinar qual-qiíor camisa qtío o aquiete o tranquilize. E necessário falar com clareza o .fiem desassombro, empregando palavras precisas, embora dufasj par-a que o's sacrifícios que se vão exigir possam ser aceitos com re-ylgz>a(jílíi '3 icóia oõiiflascLio Lias assisa, os-

todas as suposições se podem admitir,, assim não.

Quere dizer: o G-ovêrno revela-se, mais uma vez, duma incompetência verdadeiramente criminosa em todos os assuntos de administração pública. Até para as Câmaras Municipais se vai estabelecer a ditadura dos víveres. O Estado - precisa de dinheiro para garantir o empréstimo: não tem hesitações; vai às Câmaras e, sem se preocupar com a vida dêssos organismos, porque é o secretário ,de finanças que há-de estabelecer as percentagens . . .

(Interrupção do Sr. Manuel José da Silva).

O Sr. Ministro das Finanças (Inocêncio Camacho):—Se é essa a interpretação que V. Ex.a lhe dá, devo dizer que não percebo nada do que lá está.

O Sr. Manuel José da Silva (Oliveira de Azeméis):—Naturalmente por ser muito transcendente o que lá se encontra.

Todavia dev.o dizer que se V. Ex.* nas suas explicações for tam transcendente como foi na proposta, faraais o compreenderei.

O Sr. Ministro das Finanças (Inocêncio Camacho):-—A cxilpa não é minha.

Dtíve-se aplicar ao rendimento colectável mais 25 por cenfo.

O Sr. Manuel José da Silva (ivtterrom-•ptnd&yi—Q Sr. Ministro não explicou-nada, oa explicou o qtie não está na s-u& proposta de lei.

Pregautando se havia dúvidas ' sobre a redacção do artigo, acabou por dizer uma cousa que nS# está na sua proposta de lei. Se ó assim, está muito • bem. S. Bx.a não sabe o que se encontra na sua proposta de lei.