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mentos de despesa que são reais, porque representam ordenados e gratificações e ií4so hâ-de pagar-se.

Disse também que, em parte, esses aumentos de receita são leitos à custa do Estado, o que tanto faz dizer que, pelo menos, neste ponto a economia do projecto é viciada,

Uma disposição ele coutem que me é, profundamente antipática e que me parece não dever figurar, neste momento, numa proposta trazida ao Parlamento com a. responsabilidade do Governo.

Sr. Presidente: se para o nosso mal ainda há remédio, suponho eu que ele não I»ode vir apenas dos poderes públicos. Ê:o tem de vir em grande parte e principalmente da ac;;ão do público, querendo parecer-me que a maneira eficaz do público se defender dos exageros de preços, exageros absolutamente indesculpáveis a respeito de muitos artigos, ó trabalhar pela formação de cooperativas às quais o Estado deverá dispensar toda a protecção possíve'.

Ru sei, Sr. Presidente, que por toda a par cê a vida é cara; que por toda a par-i$ lia a f obro de lucros, a necessidade de viver melhor.

O fenómeno é gorai, mas entre nós, Sr. Presidente, esta febre atingiu um fmm quási incomportável com as nossas forças económicas, e é em grande parte derivada apenas duma ganância criminosa. (Apoiados).

Contra isto não acredito eu, excessivamente, na acção dos Governos, mesmo corrigida com a instituição de comissários.

Algumas atenuantes pode trazer ao mal mas não me permito a ilusão • de acreditar que o há-de curar por completo.

Ill necessário que o público se defenda, repito, e a sua defesa está no cooperativismo. Mas, pregunto eu,-se é com o intuito de facilitar a organização e o fun-fionamçnto de cooperativas, que nesta proposta de lei se introduziu o artigo 4.° o o seu § único.

Esta disposição é para mim, profundamente antipática.

Parece que traduz uma tendência da pai;te do Governo a não permitir-se o desenvolvimento das cooperativas. Tal não é, nem podia sor, o pensamento do Go-.vêrno, mas é o que resulta de tal dispp-sição.

Diário da Câmara dos Deputado»

Sr. Presidente: seria necessário muito tempo para estudar as tabelas a que a-proposta se refere, pois que para esse estudo necessário se tornava ir junto do pessoal a que respeitam colher detalhadas informações pelas quais se pudesse avaliar até que ponto os aumentos considerados em absoluto são justos, e até qu?-ponto eles são admissíveis, considerados i om relação uns aos outros.

Suponho, Sr. Presidente, que sob o | ponto de vista da justiça relativa que pre-j sidiu à -confecção de semelhantes tabelas, i a Câmara ficará edificada sabendo quo o ; encarregado geral da limpeza, que não ; sei se é, pelo menos bacharel, passa a Í ter 5$.

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Parece-me, pois, que as tabelas não es-; tão elaboradas sob espírito do equidade e ; que haverá de multiplicar, por coeficiente que não sei determinar agora, os benefí-! cios a conceder ao demais pessoal da Im-i prensa Nacional.

'•. O Sr. Manuel José da Silva (Oliveira Ide Azeméis): — Confrontem-se os 'seus ! ordenados com os vencimentos dos assÍR-: tentes...

!

O Orador: —Entendo ainda que, estan-I do o Governo resolvido a considerar, não direi a fazer, a equiparação dos funcionários, este assunto deve íibsorver por completo a sua atenção, e empenhar-se até que essa equiparação se fizesse a modificar, sob a forma de subsídio transitório, os vencimentos de quem quer que seja.

Sr. Presidente: o modo como se tem acudido às dificuldades da vida, nos domínios da administração pública, em rc-l&ção aos funcionários, terá uma explicação que me não ocorre, mas tem dado lugar a episódios verdadeiramente picarescos.

Cito apenas dois: um guarda latrinas do porto de Lisboa, lugar que por via de regra é dado a um guarda que se inutilizou, sendo aquela a única cousa que poderá guardar com alguma eficácia, tem actualmente o vencimento de 120$.