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Diàno da Câmara dos Deputados

pois S. Ex.a subiu ao Poder acompanhado ^.e vários partidos, tendo uni deles, o Partido Democrático retirado os seus ministros.

Eu pregunto se o Parido Democrático também, retira o apoio parlamentar.

Depois das declarações do Sr. Presidente do Ministério., <_ p='p' que='que' velhinho='velhinho' representa='representa' par-íido='par-íido' dentro='dentro' desse='desse' sr.='sr.' correia='correia' o='o'>

^Eepresenta o Partido Democrático ou representa a sim pessoa?

É absolutamente indispensável que isto se saiba. Nani regime parlamentar, como é o nosso, quando alguns mombros do 'Govôruo. que é constituído por um aglomerado de partidos, recebem mandatos de despojo dos partidos quo representam -e um dôles se insubordina, dizendo que não &at, é absolutamente necessário que se saiba o qtte esse indivíduo fica a representar no Poder.

Sr.. Presidente: é certo que quando se •deu a crise ministerial, aliás provocada peleis concepções políticas do Sr. Presi-• dente do Ministério, o homem que se tinha apresentado ao País IE ostonder as mãos o a alma às forças vivas dosía Nação, S. Es.a julgava ter um grande apoio; quando veio ao Parlamento pedir uma autorização, a mais lata, visto quf- nein limites tinha; quando nos veio pedir um crédito ilimitado, para o entrogar às forças vivas da Associação Comercial de Lisboa, S- Ex.% iludido com a base sólida dossas forças vivas, julgava encontrar um forte apoio para o seu Governo. S. Ex.a deu a essas forças vivas, aos representantes da Associação Comercial, a quem. o Sr. Presidente do Ministério foi pedir um delegado para transformar a vida deste País nitm verdadeiro rnai* de r-osas, S. Ex.a deu a esse ropresontaate todas as faculdades. Mas nós dissemos ao Sr. Presidente do Ministério que essa política de S. Ex.a, firmada nas forças vivas, devia ser dentro em breve a negação absoluta das suas aírriiiaçoes. E então, um belo dia o Comissário dos Abastecimentos, o ditador dos víveres, a assistência técnica o comercial do Governo desaparece da situação. Toda a gente procura por esse homem, toda a geníiv espera os benefícios dessa alta política do Comissariado de Abastecimentos, mas S. Ex.a desapareço sem dizer porquê. Ele é acu-

sado de tor firmado um documento consentindo a saída de farinha para Espanha, quando havia falta dela no País, Era grave a afirmação.

Depois, as notas do Sr. Ministro do Comércio e do Delegado dos Abastecimentos entrcchoeam-se de tal maneira, quo nós não sabemos, até hoje, eni que estado ficou a questão, e se é ao representante da Associação Comercial de- Lisboa, em que o Sr. Presidente do Ministério tinha confiado duma maneira tam carinhosa, se é ao Sr. Ministro do Comércio que cabem responsabilidade».

Sr. Presidente: estes factos devem, ter prendido a atenção do toda. a gente, porque eles representam sintomas de destruição da vida em que nós vivemos constaa-tome-nte. É absolutamente indispensável, pois, saber-se quem teve razão.

Falou o Governo depois — foram três factos apenas que S. Ex.a, o Sr. Presidente do Ministério, trouxe para. a tela da discussão, e aos quais me limito em-quanto não for apresentado o relatório de S. Ex.a— falou o Sr. Presidente do Ministério depois nas viagens ministeriais, e daí S. Es.a congratulou-so pelos resultados qac ela» i apresentaram.

Nós não vivemos no segredo dos deuses, mas mau vício é este de não fazer caso do Parlamento, ocultando o Govêr1 no as suas intenções e os seus propósitos. Efectivamente eu não compreendo que com o Parlamento a funcionar o Governo envie ao estrangeiro os seus representantes sem seqiaor dar unia satisfação à Com-missão Parlamentar dos Negócios Externos, compleíamente alheia do objectivo ministerial em matéria de política externa.