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e o Parlamento deviam tmnsigir, atendendo as reclamações dos ferroviários.

Então S. Ex.a reconhecia ontem às classes do Estado ò direito de fazerem greve, S.Ex.% o representante dum Partido que se diz conservador, aconselhava o Governo e o Parlamento a transigirem, recotihecendo aos operários do Estudo o direito de fazerem greve, e hoje, como Presidente do Governo, pensa o contrário!

Sr. Presidente, eu concordo que as greves neste momento representam uma ruína para'a Nação, mas, digo a S. Ex.a e digo-lhe aqui frente a frente, é S. Ex.a o Causador único dessas greves. S. Kx.a, esquecendo o que deve à, situação de Presidente do Governo, numa incontinência cie linguagem que não está em harmonia com as altas funções de Presidente do Governo, vem dizer que

Como ó que os assambarcadoros de todo o país hão-de interpretar, à luz dos seus negócios, as teorias do Sr. Presidente do Ministério?

& Como é que se anda a semear ventos e não se quer depois colher tempestades?

Estabeleceu-se a liberdade de comércio, dando origem a que à sombra dessa liberdade se encham as algibeiras dos açambarcadores. Haja em vista o que se deu em relação ao azeite. Esses indivíduos que tinham o azeite assambarcado, que o compraram por .10 e 11 escudos, estiverem à espera que o Sr. Presidente do Ministério inventasse a cHubre teoria económica, e à sombra da liberdade do comércio vendem-no hoje a 30 e 40 escudos!

O Sr. Cunha Liai: — O Sr. Presidente ( do Governo teve o cuidado de os prevê- j nir desde a primeira hora.

O Orador: — Mas a questão é esta. Tão depressa &e fala em liberdade de comércio como em tabelamento.

Que decantada liberdade de comércio é esta, que estabelece que somente certos e determinados homens possam veudt-r conforme o comissário de viveres manda.

í)iârio âa Chmara Jot

6 Que política é esta? <_0 que='que' iça='iça' legislação='legislação' granjo='granjo' antónio='antónio' sr.='sr.' cabeça='cabeça' o='o' p='p' sobre='sobre' na='na' ú='ú' tem='tem' _11='_11'>

,; Somos obrigados a sustentar um Governo que pela sua incompetência está arruinando o País? (Apoiados).

Vamos aumentar a confusão e a perturbação defendendo S. Ex.a (Apoiados).

^Lá porque as forças vivas o consideram como grande homem na solução dos negócios públicos, somos nós obrigados a sustentar este Governo?

Não me venham di/er que ó preciso sustentar o Sr. António Granjo, porque eí-tamos em presença do problema da or-drin pública. Estamos, sim, mas quem ameaça rssa o r dom pública ó o Sr. António Granjo, é o Governo, que estabelece uma política desta ordem, quando lá fora até os mais reaccionários a condenam, sendo constatada a liberdade de comércio.

O Sr. António Granjo vem dizer que é preciso aumentar os salários para diminuir o custo da vida.

Assim é que vêm as greves, que são a confirmação da política de S. Ex.a

Que estranha revolução produziria lá fora o problema do S. Ex.a! (Apoiados}.

O azeite tem aumentado, o vende-se a trinta mil réis.

Quem assim aumenta o custo da vida não tem o direito de exercer represálias sobre qualquer classe.

Este Governo vive ou da miséria das transigências, ou então da pimponice da provocação.

Atribuí-se ao Sr. António Granjo, a propósito da questão dos eléctricos, a ir ase : «Ou vai ou racha».

líachou sim. Rachou a economia do País, rachou a própria política.

Se, porventura, Cste, GovOrno não for substituído, ou não arripiar caminho, isto sucederá.

Foi preciso que os jornais começassem a afirmar que existia a peste cm Lisboa para que o Governo providenciasse sobre a falta de limpeza das ruas, durante muito tempo uni foco espantoso de infecção.