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as poucas palavras que vou proferir são muito claras.

Eu, Sr. Presidente, não posso deixar de lamentar que a Câmara dos Srs. Deputados se veja na necessidade, devido à força das circunstâncias, de apreciar e votar uma proposta do Sr. Ministro das Finanças, sem pleno conhecimento das verbas novas propostas, tratando-se demais a mais de um assunto da mais alta iinpor-.tância e que devia prender a atenção do Parlamento.

Lamento, repito, que uma proposta desta natureza seja trazida ao Parlamento nesta altura, não havendo tempo para a apreciar devidamente, como seria para desejar, pois tenho a certeza de que, a não ser os membros da comissão de liuanças e o Sr. Ministro das Finanças, ninguém mais tem conhecimento das despesas a que essa proposta- se refere.

Assim, Sr. Presidente, faço votos para que de futuro o Sr. Ministro das Finanças se coloque em condições de poder apresentar estas propostas a tempo de serem apreciadas e' discutidas pelo Parlamento, pois entendo que o Parlamento não pode continuar, como até aqui, e como tenho visto, a aprovar éom inteiro desprendimento medidas como esta, que considero da mais alta importância, tanto mais quanto é certo que S. Ex.a o Sr. Ministro das Finanças ainda ontem aqui nos disse que seria seu desejo que estas propostas fossem enviadas à comissão de finanças, para as apreciar devidamente.

Espero que este estado de cousas se modifique e que para o mês que vem não-nos vejamos obrigados a proceder desta fornia.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Ministro das Finanças (Inocêncio Camacho):—Sr. Presidente: ouvi com a máxima atenção as considerações apresentadas pelo ilustre Deputado Sr. António Fonseca, e devo declarar, em abono da verdade, que estou inteiramente de acordo com S. Ex.a

Cumpre-me declarar que é com verdadeira vergonha e com os olhos no chão que apresento essas propostas, visto que sou daqueles que foram sempre contra a apresentação das mesmas; a força das circunstâncias ó que me obrigou a tal.

Diário da Câmara dos Deputados

Repito, estou inteiramente de acordo com S- Ex.A, e assim espero que a Câmara comece a apreciar o Orçamento Geral do Estado, se bem que esteja convencido de que não é dentro de um mês que ela o poderá votar, tanto mais se o quiser apreciar devidamente como deve.

Por consequência, prometo apresentar ao Parlamento, nos primeiros dias de Novembro, a proposta do duodécimo para o mês de Dezembro, com os elementos de estudo indispensííveis, a fim de a comissão poder, num prazo de vinte dias, estudar essa proposta de lei e dar o seu parecer à Câmara.

O orador não reviu.

O Sr. Presjdente: — Vai ler-se, para se votar, o artigo 3.° Foi lido e aprovado.

O Sr. Mariano Martins: — Peço que seja dispensada a leitura da última, redacção. Foi aprovado.

O Sr. António Fonseca: — Pergunto se-ó enviado à comissão de finanças o documento que o Sr. Ministro das Finanças enviou ontem para a Mesa.

O Sr. Presidente :—A Mesa envia sempre para as comissões todos os documentos recebidos.

Foi aprovado o requerimento do Sr. Mariano Martins.

O Sr. Ministro do Interior (Alves Pe-drosa): — Mando para a Mesa uma proposta de lei abrindo um crédito especial de 2:000 contos, pelo Ministério das Finanças, a favor do meu Ministério, a fim de este ficar habilitado a pagar despesas de transporto e ajudas de custo á Guarda Nacional liepublicana, por motivo das últimas greves.

Peço a urgência e dispensa do Regimento para esta proposta do lei.

O Sr. Presidente : — Vai ler-se a proposta de lei enviada para a Mesa pelo Sr. Ministro do Interior.

Foi lida a seguinte

Proposta de lei-