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Seaáão de Io de Novembro í/c: lít-0

Entendeu a comissão o contrário ? Não! E porquê?

Porque se houvesse juros de mora, devia ter recebido 6 por cento, e se houvesse contrato em conta corrente, devia receber 5 por cento.

A comissão cobrou 2 por cento porque não podia cobrar nem 6 por cento nem 5 por cento. Logo o meu direito era bom

A comissão cobrou 20 por cento. Porquê?— Porque não podia cobrar os 5 por cento, nem os 6 por cento. Por consequência, o meu direito era bom; por consequência, apesar de eu estar a consultar como advogado, expus a doutrina que a comissão adoptou. . Os juros ou se deviam ou não se deviam. Aqui houve, indirectamente, um roubo, porque ou se deviam os juros de 5 ou 6 por cento, numa ou noutra hipótese e a Companhia lesou o Estudo, ou se não devia nada e o Estado lesou a Companhia em 2 por cento.

A comissão é que reconheceu que a Companhia não tinha obrigação de pagar, a ninguém sendo legítimo insinuar que pratiquei qualquer acto imoral pelo facto de, consultado como advogado, ter defendido um ponto de vista que se reconheceu justo.

Onde é que eu fui visado? Só o poderiam significar se porventura tivesse feito quaisquer contratos para fornecimentos de trigos ou de farinhas — e eu hão os fiz; só o poderiam insinuar .se se tivesse consignado, embora vagamente, que eu fizera com que o Estado deixasse do receber ou recebesse menos quaisquer importâncias ou tivesse contribuído para que fosse obrigado a pagá-las — e a meu respeito não existe nenhuma espécie de averiguação de tal natureza. ^Com que direito, portanto, depois ainda das palavras aqui proferidas pelo Sr. Queiroz Vaz Guedes, presidente da comissão de inquéritos ao Ministério dos Abastecimentos e a propósito de contratos que aqui foram escalpelizados, se procura tirar-se--me a autoridade moral, dizendo-se que eu fui visado por aquela comissão?

Um aparte do Sr. Cunha Liai, que não

— Faz-se isto por uma razão,

Sr, Cunha Liai: faz-se isto porque nós tivemos- o e

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de não proferir aqui uma única palavra que pudesse ser tomada como uma suspeita ou como uma insinuação. Fiz alguns discursos —três, pelo menos— sobre os contratos e de todas as vezes que falei fui o mais cauteloso possível. No meu primeiro discurso, receando que, por uma deficiência de locução, se pudesse dar às minhas palavras uma interpretação diversa da que lhe pretendia dar o meu pensamento, levei os meus escrúpulos ao ponto do declarar que se das minhas palavras porventura pudesse transparecer sequer a sombra duma suspeita, que tal se atribuísse apenas a um defeito de locução, mas nunca a um propósito de levantar suspeições, porque tal não podia estar no meu ânimo. £ Porque razão, pois, o Sr. Presidente do Ministério, quando eu aqui falei não me atirou, cara a cara, as suas insinuações, porque não procurou tirar-me então a força moral dizendo-me: «o Senhor não podo falar porque foi visado pela comissão de inquérito ao Ministério dos Abastecimentos? <_ santarém='santarém' de='de' aze='aze' acusá-lo='acusá-lo' muitos='muitos' menos='menos' me='me' ia='ia' sem='sem' vou='vou' ouvir-me='ouvir-me' ter='ter' a='a' razão='razão' tag0:_='dizer:_' e='e' apoiados.='apoiados.' f='f' pre-jferiu='pre-jferiu' em='em' ir='ir' vá='vá' ao='ao' p='p' eu='eu' lialdade='lialdade' coragem='coragem' lá='lá' tido='tido' porque='porque' xmlns:tag0='urn:x-prefix:dizer'>

Não me preocupa nada que me ataquem, que me acusem, mas quero que o façam de uma forma clara e não que produzam -insinuações que depois os jornais transcrevem, que o público lê e que eu já não pos,so desfazer por completo, porque de uma suspeita, porque de uma calúnia sempre alguma cousa fica no espírito do povo, e a honorabilidade dum homem, sobretudo dum homem público, deve ser sempre muito respeitada. (Muitos apoiados").

, Sr. Presidente: não é verdade que eu tivesse sido visado, não se me fez uma acusação, não a fez a comissão de inquérito, não a fez ninguém, não sou, portanto, acusado.

Houve pessoas que foram para os tribunais ; ora se eu fui também insinuado porque não fui para os tribunais, porque não promoveram a averiguação de qualquer acto por mi m praticado. NEo se fez isso porque não havia nada que se me pudesse atribuir. ,;Então porquo st? quero agora envolver a questão dos abastecimentos com a questão dos trigos?