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Diário

çõcs. Esporo -que o Sr.. Presidente do Ministério, mo diga aquilo quo há a este respeito, se ó. mesmo exacto- quo tivesse havido qualquer discussão a meu respeito, se é realmente verdade o que podo depreender-se do jornal, devendo acrescentar que este relato me. parece ser único dos jornais quo inseriram o discurso cio vSr. Presidente do Ministério, em Santa,-rôm, porquanto o Século e o Diário de Noticias, por exemplo, não trazem referencias nem a mini nem ao. Sr. Cunha Liai.

Sr. Presidente: estou convencido de que alguma cousa houve e espero quo S. Ex.a me explique pessoalmente o que significam estas palavras e com que intuito as proferiu. Desde que S. Ex.;i só referiu aos Deputados, como Deputado parece--me ter o direito do pedir esta explicação e ainda outras explicações a propósito da impossibilidade que S. Ex.;i apontou, de fazer obra imorredoura com o voto parlamentar.

Tenho dito.

O orador não revia.

O Sr. Cunha Liai: —Sr. Presidente: peco a V. Ex.a quo consulte a Câmara sobre só permite que a sessão seja prorrogada, até a liquidação do incidente levantado pelo^ Sr. António Fonseca.

Posto à votação o requerimento do Sr. Cunha Liai, foi aprovado.

- O Sr. Presidente do Ministério e Ministro da Agricultura (António Granjo): — Sr. Presidente: o ilustre Deputado, Sr. António Fonseca, fcz-mo algumas pregun-tas sobre um relato do discurso quo proferi'em-Santarém, mas S. Ex.!l não s« limitou a fazer as preguntas, alongou-se em considerações de vária ordem e é a essas considerações, porquê N sou juiz. e árbitro na exposição das minhas respostas, q ue-eu quero reportar-me em primeiro lugar.

Quando S. Ex.a, seni me ouvir, fez considerações sobre o relato do jornal A Pátria na parte em que merreferi ao Parlamento, permitiu-se S. Ex.a apreciar a parte desse relato, sem me ouvir, com declarações nos jornais feitas pelos interessados nos contratos.

Um aparte do Sr. António Fonseca que não se ouviu.

• O Orador: — Em todo o caso, o Sr. António Fonseca nas considerações qu'e produziu sobre as suas próprias preguntas fez, sem mo ouvir, a aproximação da parto do relato rio meu discurso de Santarém com quaisquer declarações feitas-por quem quer que seja. S. Ex.a julgou--se nesse direito e eu não tenho que lho negar, mas S. Ex.a, croio eu, não me negará também o- mesmo direito do aproximar os factos da vida pública portuguesa como ou entendo relacioná-los para apreciação do país, sem quo nisto, evidentemente, vá insinuação ou incriminação para ninguém. (Apoiados].

Assistiu à conferência de Santarém um Sr. Deputado que se acha aqui nesta sala, o Sr. Tavares Ferreira, e S. Ex.a, apesar de não ser meu correligionário, recordando a solidariedade que sempre existiu entre os membros da comissão de inquérito ao Ministério dos Abastecimentos e com palavras que, se são sempre de relembrar um amigo político, são para mais agradecer a um adversário, teve a generosidade de me fazer um brinde que, efectivamente, me fez recordar que os dois Srs. -Deputados cue mais proeminente papol tiveram durante o debate parlamentar sobre os contratos foram justamente os Srs. António Fonseca e Cunha Liai, cujos-nomes-tinham sido discutidos por ocasião do inquérito feito Aquele antigo Ministério. Os dois factos — diga-so a palavra, a. falta de melhor—aproximei-os eu, realmente/ naquele momento, mas, Sr. Presidente, eu tenho o direito^ como já disso, de relacionar os factos praticados pelos homens públicos e os. acontecimentos como bem entender e quem faz a apreciação desses factos o dessa relação não somos propriamente nós, é o público. (Apoiados). A única explicação quo eu. devo ao Sr. António Fonseca- é a do que nessa relação oú~ aproximação quo h'z não procurei' visar a sua honorabilidade pessoal, nem fiz qualquer insinuação. Não devo u S. Ex.a mais nenhuma explicação.

A acusação mais grave para mim é a do que acusei o Parlamento, do que faço parte, de impedir a marcha governativa. Invoco o testemunho do Sr. Tavares Ferreira.