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Diário da Câmara dos Deputados

íôsse substituído, abandonaria o seu lugar, trazendo o sou secretário.

O Sr. Vitorino Guimarães, afirmava, pedindo ao Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros que o comunicasse ao País, •que gravíssimos inconvenientes adviriam para a Nação se a sua substituição não se fizesse imediatamente.

O Sr. Costa Júnior: — ,; E não poderia sor .substituído por alguni dos funcionários que lá estão, pelo Sr. secretário da legação, por exemplo?

O Orador: — A nomeação ó da responsabilidade do Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros, que podo bem com ela.

O facto ó que a nomeação só -fez porque o Deputado democrático, Sr. Vitorino Guimarães, declarou que, se não fosse feita essa nomeação, perigavam os in-terêssos do Pais.

O Sr. Domingos Cruz: — A questão é da escolha.

O Orador: — Sobre a escolha quereria também dizur alguma cousa. Não percebo como se podem discutir personalidades, porque pareço que a escolha visa determinadas personalidades. E de mais.

Não tenho absolutamente nada com as •nomeações. Pelo contrário, fui eu que, no Conselho do Ministros, preguntei os motivos dessas nomeações; o, perante os •motivos aduzidos, perante a 'escusa .do Sr. Vitorino Guimarães de continuar no exercício do seu cargo, escusando-se de tal forma que, como último argumento, •declarou que 'se iria embora porque os seus interesses o levavam a partir imediatamente de Paris, perante tudo isso, o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros fez a sua substituição.

O Sr. António Maria da Silva : —Os seus interesses o talvez alguma campanha inconsiderada em relação ao seu nome.

. O Orador: — Campanha só se foi naqueles jornais que fazem a campanha da compressão das despesas; não da parte do Governo, nem de nenhum dos seus membros.

Como já disse, não responderei agora às considerações do Sr. Alfredo de Sousa

porque tenciono responder em globo a todos os Srs. Deputados que falarem sobre o assunto.

Nesta hora, porém, não podia deixar de levantar a afirmação de que o Governo tinha feito nomeações quando essas nomeações não eram exigidas pelos altos interesses do País.

O Sr. Eduardo de Sousa.: —V. Ex.a dá-me licença ?

Eu limitei-me a pedir a V. Ex.a que comunicasse ao Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros...

O Orador: — Não me refiro a V. Ex.a, mas ao Sr. Alfredo do Sousa, que, ao terminar as suas considerações, abordou o assunto da nomeação.

Ò Sr. Costa Júnior: —Suo 213.803/^38 por ano.

O Orador: — Sr. Costa Júnior: nunca fui ao estrangeiro em comissão.

O Sr. Costa Júnior: — Há indivíduos qnn, sem irem cm comissão ao estrangeiro, fazem cá .dentro maior despesa uo Estado.

O Orador: — Se V. Ex.a se quore referir ao Ministro das Finanças, peco-lho que explique as suas palavras.

O Sr. Costa Júnior:—Explicá-las hei quando quiser e entender.

O Orador:-r-Então lho tomarei a responsabilidade das palavras que pronunciar.

Tenho dito.

G discurso será publicado na integra quando o orador haja devolvido as nçtas taquigráficas.