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Sessão de-10 de Dezembro de 1920

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na história do sou país, por um homem possuidor dum uonie dos mais grandiosos e mais belos da armada portuguesa.

Direi a S. Ex.a que comungo nas mesmas ideas do Sr. Ministro das Finanças.

Não aceito neste momento a forma exclusiva de comprimir despesas, mas aceito a forma, que é a de S. Ex.1"1, e deve ser de todos os republicanos, de que se faça a supressão de todas as despesas inúteis, acompanhada da criação -das receitas indispensáveis.

Neste momento em que todas ás classes estão vivendo mal, neste momento^em que da parte de todas as classes se pede aumento de vencimentos, neste momento em que a vida está cada vez mais cara, eu pregunto o que será fazer, duma fornia geral, a compressão de despesas.

Há poucos dias ainda no Ministério da Marinha tive ocasião de fazer uma decantada compressão de despesas. Chegou ao meu Ministério um processo ordinário pedindo que à Escola de Alunos Marinheiros do Sul fosse aumentado o subsídio para a ração de merenda aos alunos.

O médico da Escola foi de opinião qno esse aumento do ração era indispensável.

£ Qual era a verba que os despachos anteriores tinham autorizado?

Essa verba começou por $0õ, aumentou para $07(5) e está em $10.

Digam-mo V. Ex.as o que poderá comprar-se para a merenda dum rapaz de dezoito anos com $10. Pedia-se o aumento para $30 centavos.

Era, como V. Ex.as vêem, um acto de justiça, de mais a mais confirmado pela opinião módica, mas, eu não tinha verba; pelo contrário, a verba de onde saía esta despesa está já em déficit.

Teria, portanto, de criar uma desposa nova. Pois não autorizei ôsse aumento, o não estou arrependido do o ter feito porque cumpri um dever, cumpri a lei.

Fiz uma compressão que realmente não é uma'medida aconselhada dentro das boas normas do desenvolvimento físico desses alunos.

Da mesma forma procedi om relação à verba destinada à aeronáutica naval, não permitindo o seu aumento.

Não aceito a decantada fórmula que hoje toda a gente apregoa a respeito do receitas, podo dÍ7,o.r-so. r.om segundo sen-

tido, 'para entorpecer porventura o au mento das receitas do Estado.

Respondendo agora concretamente ao Sr. Leote do Rego, direi a S. Ex.a que, apenas cheguei ao meu Ministério, dei imediatamente ordem para quo se apressasse a vinda dos dois cruzadores que foram comprados em Inglaterra.

Aos oficiais que já lá estavam nos seus postos expedi "um telegrama concebido nestes termos:

a Venham os navios para Portugal se as reparações de que necessitam forem susceptíveis de ser feitas em arsenais portugueses».

Com respeito aos adidos navais, devo dizer que estou na intenção de suprimir esses lugares.

Portugal não pode dar-so ao luxo de ter adidos navais. Temos uma esquadra que é uma miséria, tomos uns arsenais para os quais hei-de chamar a atenção da Câmara, porque há muito que~ fazer ali.

Não estamos em condições de poder fazer construções navais de grande alcance; não temos, neste momento, construções lá fora que seja necessário fiscalizar; entendo, portanto, que não podemos ter adidos navais.

Atenderei no sentido de fazer regressar, seja quem for, a Portugal quando não desempenhe missões úteis.

Com respeito à divisão ligeira, estudarei o assunto, e não me tremo a mão para a suprimir absolutamente.

Sr. Presidente: parece-mo que respondi às considerações do Sr. Leote do Rogo.

O orador não reviu.

O Sr. Ministro da Guerra (Álvaro de Castro):—Sr. Presidente: esclarecerei o assunto tratado pelo Sr. Leote do Rego.

Tenho a minha opinião comprometida quanto à supressão e compressão das despesas, mas não é no tempo em que estou ocupando a pasta da Guerra, em. dias, quo posso, de repente, remodelar todos os serviços som sabor as consequências que daí possam advir.