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Diário da Câmara dos Deputados

eles recebam as importâncias de que são credores.

O Sr. Eduardo de Sousa: — ,»V. Ex.a pode-me dizer se já encontrou o juiz para proceder ao inquérito a que há pouco se referiu ?

O Orador: — Devo dizer a V. Ex.a que tal inquérito se está fazendo, pois que apareceu o juiz que tomou conta do caso, tendo-lhe dado posse para exercer esse alto cargo nas vésperas de eu sair do Ministério.

Eram estas, Sr. Presidente, as declarações que entendi fazer à Câmara. E tenho dito.

O orador não revia.

O Sr. João Camoesas:— Sr. Presidente: quando o projecto sobre o assunto de que se trata veio a esta Câmara, trazido pelo anterior Sr. Ministro das. Finanças, eu tive ocasião de ocupar a atenção da Câmara com esse problema.

Apareceu o novo Governo e trnz à discussão novamente o assunto.

Não quero voltar novamente perante a Câmara a desfiai- todos os factos e afirmações e tndo qnanto disse e que determinou a minha atitude anterior.

Mas, Sr. Presidente, Governo novo de ideas novas e processos novos, um pouco do anterior Governo, segundo dizem, tinha obrigação de apresentar n m projecto de mecânica nova compatível cora as ideas que representa.

Era isto que queria dizer e é .isto que digo, sem ideas de hostilidades ao Governo, mas com o único propósito de assumir as responsabilidades dos meus actos, e para marcar a posição que todos devem ter neste momento.

Não queria-que nenhum Governo novo de ideas novas aqui viesse pedir qualquer pagamento sem1 trazer ao mesmo tempo tudo que possa concorrer para perfeição dessa mecânica defeituosa, • e (arrisco a palavra), criminosa.

O Sr. Velhinho Correia (interrompendo}:— /.Mas em quw ú wssa mecânica criminosa?

Apartes.

O Orador:—Respondendo ao aparto (To S?» Velhinho Corroía, eu dirtíit|iicR.Exoa,

sendo Ministro do Comércio, serviu-se de uma autorização parlamentar para imediatamente fazer, conforme entendeu, uma completa transformação de serviços do seu Ministério.

Creio que S. Ex.a não fez.uma transformação arbitrariamente o por prazer de transformar, mas porque entendeu que havia razão para o fazer, ponderando factos com conhecimentos verdadeiros.

Não me refiro largamente a esses factos porque não tenho prazer em prolongar Gste debate.

O que eu quero é salientar o meu propósito, é difinir a minha atitude, salientando que a minha intervenção nesta proposta não foi determinada por nenhuma sorte de interôsse ou intuitos particulares, mas tam somente pelo desejo de chamar para um problema tam importante como este a atenção daqueles que tem obrigação de o estudar e trazer a esta casa do Pcirlamento uma remodelação radical do seu sistema, dotado com todos os melhoramentos necessários.

E isto o que se faz em toda a parte do mundo e em algumas indústrias portuguesas. Isto vi-o fazer em terras portugueses e por gente portuguesa, e é necessário que se faça quando o Estado exige sacrifícios, os máximos sacrifícios a toda a gente. O Estado deve corrigir todos os defeitos da sua máquina, de maneira a adoptá-la às necessidades de momento.

Eram estas, Sr. Presidente, as considerações que eu queria fazer, e por aqui as limito.