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Sessão de 14 de Dezembro de 1920

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que já na psicologia infantil desapareceram ato, mas numa livre expansão de esfqrços, porque a Pátria ó de todos, eu não dou o direito a ninguém de supor que a serve coin mais vontade e carinho do que eu. Realmente, eu não dou a ninguém o direito de supor que os serviços da Pátria são apanágio, dum certo modo de expor ou de actuar. Todos nós nos batemos pela Pátria, todos nós trabalhamos para ela, mas para que o possamos fazer inteiramente à vontade é necessário que estejamos uris para os outros no mesmo pó de igualdade, é necessário que as pequeninas coacções sejam banidas na nossa dialética.

É isto o que eu quero!

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Sá Pereira (para um requerimento) : — Sr. Presideute: requeiro a V. Ex.a que se entre imediatamente na ordem do dia.

O Sr. Presidente:—7 Não posso porá consideração da Câmara o requerimento de V. Ex.a porque a Câmara resolveu já discutir a proposta que está em debate.

O Sr. Plínio Silva: — Sr. Presidente: tive a ingenuidade de supor que a demora na continuação da discussão desta proposta representava da parte do Governo a intenção de satisfazer a justíssima reclamação que, nesta Câmara, tinha sido apresentada por vários Deputados, no sentido único de terem conhecimento da forma como,., iam ser aplicadas as verbas, para que o Governo pedia o necessário cródito.

Fez-se uma enorme especulação sobre este assunto, dizendo-se que o Parlamento estava a incitar o Governo à não satisfação de compromissos anteriormente estabelecidos, quando apenas esta pedia que lhe fossem apresentadas as contas e os ' documentos justificativos do crédito que lhe era pedido.

Aliás, Sr. Presidente, a justificação desse nosso desojo tinha aumentado, desde o momento oin que o titular da pasta das Finanças, Sr. Xnocôncio Camacho, declarou ao Parlamento que, estando a,verba compatada em 10:000 contos, ôlo não

tinha em seu poder documentos justificativos de metade dessa verba.

Os actuais membros do Governo, que se encontravam, nessa ocasião, nas suas bancadas de Deputados, acompanharam aqueles Srs. Deputados que por essa for-ma^ se manifestaram.

É, portanto, justificada a minha surpresa ao ver que o Sr. Ministro do Comércio— que tem sido iucontestàvelmente uma das criaturas que têm sempre pugnado nesta Câmara, para que a administrar cão pública assente em novas fórmulas, o o Poder Executivo dê aquelas explicações que tam necessárias são, para pôr cobro, duma vez para sempre, a essas campanhas difamatórias, que constante-mente são levantadas na imprensa, vem instar com o Parlamento, para que ele discuta a proposta do Sr. Inocêncio Camacho, não satisfazendo, porém, a aspiração de todos nós, e que foi também a de S.-Ex.a, qual é a de trazer a esta Câmara os documentos justificativos do pagamento da verba aos Transportes Marítimos.

S. Ex.a reconheceu essa urgência, e eu, pelas suas palavras, .vejo-me na obrigação de votar ò artigo 1.° da proposta em discussão.

O Sr. Ministro do Comércio e Comunicações (António Fonseca) (interrompendo):—