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Diário da Câmara doe Deputados

pagamentos ao nosso comércio exportador, venham parar directamente às mãos do Estado e não às do quaisquer intermediários. E assim, visto que, ?aeste ponto, as nossas opiniões se acordam, vamos tirar dos factos as legítimas conclusões que neles se comportam.

Anteriormente à vigência do contrato de 31 do Maio de 1919, a Agência Financial do Eio de Janeiro tinha nas diversas instituições bancárias formidáveis concorrentes. As remessas eram tudo quanto há de mais variável, dando-se saltos bruscos, de ano para ano, nas mesmas remessas.'Para bater essa concorrência, o Governo Português, em 1910, vê-se obrigado a isentar do pagamento de imposto de selo os saques da Agência Financial.

Ainda assim, apesar desse grande privilégio, as cousas para a Agência nSo caminham favoravelmente. O agente financeiro do Governo queixa-se, em tom amargo, da concorrência desleal dos outros bancos. Estes, por meio da publicidade, conseguem arranjar maneira de estabelecer confusões no espírito público entre a Agência Financial e os próprios serviços deles. Constam • do processo, existente na Direcção Geral da Fazenda Pública, anúncios da sucursal do Banco Ultramarino no Rio de Janeiro, em que uma hábil disposição tipográfica dá a impressão de ser este banco caixa do Governo Português, e em que o escudo da República, que figura, nos saques da Agência, aparece, adrede, segundo o agente, para tornar mais fácil a confusão.

As cousas estavam, pois, neste pó, quando a Agência se vai instalar no Banco Português do Brasil, mercê do contrato de 31 de Maio de 1919. E então as cousas mudam como que por encanto. A Agência, modestamente instalada em um local escuso, com pessoal naturalmente pouco interessado nos lucros da instituição, sem reclamo, passa a instalar-se em condições óptimas: começa então simultaneamente a sentir-se a acção dos dirigentes do Banco Português do Brasil junto do pessoal; de desconhecida, a Agência passa a ser reclamada o alarga os seus tentáculos às principais cidades do Brasil.

E eis que, sentindo os Bancos rivais que não podiam continuar a lutar nestas

condições, passam a ser — eles próprios— os melhores fregueses da Agência, logo na primeira semana de Julho de 1919 o Banco Ultramarino concorrendo com 700 contos para o movimento das transferências da Agência. Motivos es'.es por que, mercê de melhores condições no exercício da sua acção, a nossa Agência Financial se transformou no instituto que, a partir de l Julho de 1919, monopolizou todas as remessas de dinheiro do B:asil.

E assim se explica que a Agência, depois do contrato, tivesse varrido a concorrência de todos os intermediários que, nas praças do país, recebiam outrora uma parte das cambiais do Brasil. Cousa esta sobremaneira vantajosa para o Estado — na minha opinião humilde de habitante da Terra, com lm,78 de altura, <_3 com='com' leader='leader' de='de' confissão='confissão' agência='agência' directa='directa' nesíe='nesíe' raios='raios' do='do' pelo='pelo' encefálica='encefálica' indirectamente='indirectamente' um='um' rio='rio' ferreira='ferreira' inteligência.='inteligência.' ter='ter' banco='banco' proveito='proveito' instalação='instalação' habitante='habitante' considerável='considerável' sr.='sr.' verdes='verdes' armado='armado' partido.='partido.' na='na' esta='esta' algum='algum' sua='sua' massa='massa' atribuir='atribuir' rocha='rocha' financial='financial' uma='uma' feito='feito' dos='dos' tanto='tanto' para='para' outro='outro' não='não' detentor='detentor' perdoomos-lhe='perdoomos-lhe' pois='pois' escala='escala' janeiro='janeiro' a='a' seu='seu' estava='estava' dentro='dentro' embora='embora' e='e' autorizado='autorizado' mundo='mundo' é='é' o='o' p='p' tag0:_='particular:_' forçado='forçado' da='da' porque='porque' xmlns:tag0='urn:x-prefix:particular'>

Mas a Agência Financial especulou — afirma o Sr. Ferreira da Rocha— embora se torne complicado fixar o ide começa a especulação, por ser difícil avaliar exactamente o quantitativo das remessas do Brasil para Portugal. E, com D quer que eu tivesse aqui citado a opinião do Sr. Fernando Emidio da Silva, quei fixava, no ano passado, em 24:000 contos o montante das remessas que vinham do Brasil antes da guerra, e como tivesse corroborado esta afirmação com a de outros publicistas, o Sr. Ferreira da Rocha, que também se permite o direito de (Lzer de sua justiça nesta causa, «sente-se inclinado a reputar que se não deve afasto* muito do 3 milhões de libras a soma tctal das remessas que, em cada ano, colhemos do Brasil».