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Diário da Câmara dos Deputados

de nesta Câmara afirmar que a maior figura do Parlamento é o Sr. Dr. Brito Camacho; e parecia-me dispensável que o meu partido a este propósito alguma cousa dissesse, porque é sabido que o primeiro lugar dentro dele pertence a S. Ex.a pelos seus altos serviços prestados à República, pela sua culta inteligência, por ser o mais antigo parlamentar e ainda porque, tendo gerido a pasta do Fomento no Governo Provisório., deu as mais cabais provas de competência go-vernativa.

Mas, Sr. Presidente, também é certo que mal me pareceria que, prestando-se esta homenagem ao Sr. Brito Camacho, eu não usasse da palavra para lhe significar mais uma vez a consideração e dedicação que por S. Ex.a tem o seu partido e a minha pessoa. (Muitos apoiado*).

O orador não reviu.

O Sr. Pereira Bastos: — Sr. Presidente: o Partido de ReconstituTção .Nacional encarrega-me de dizer a V. Ex.a e à Câmara, com toda a sinceridade, que se associa a todas as palavras que foram proferidas pelos oradores que ma precederam com respeito ao Sr. Brito Camacho.

Todos nós temos a íntima convicção e a certeza absoluta de que o Sr. Brito Camacho, como Alto Comissário de Moçambique, marcará uma nova época para o ressurgimento nacional e n ma nova era de prosperidades para essa nossa província ultramarina.

Fazenda esta declaração em nome do meu partido, peço licença também para, em meu nome pessoal, dirigir estas palavras ao meu velho amigo e ilustre mestre Sr. Brito Camacho.

O orador não reviu.

O Sr. Ladislau Batalha: — Sr. Presidente: encarrega-me o Partido Socialista' por via da sua minoria aqui representada, de Mar a propósito da partida do Sr. Brito Camacho para Moçambique.

O Partido Socialista incondicionalmente dá a sua aprovação à feliz escolha que se fez da pessoa do Sr. Brito Camacho para aquele cargo, independentemente de liberdade de opinião que o nosso partido, representado na comissão de colónias, tivesse revelado em tese.

A maior parte dos colegas ,da comissão,

quando se tratou de discutir a conveniência ou não conveniência dos Altos Comissários, tratando-se dessa lei, sabem a nossa atitude em tam grave assunto.

Já tivemos Altos Comissários, e do vice-reis está a história portuguesa cheia. Mas, se em tese não aceitamos nem por princípio os Altos Comissários, a verdade ó esta: toda a dúvida resulta-nos principalmente de não termos a certsza de que tais logares sejam sempre preerchidos por possuidores daquela honestidade, que temos a certeza será o apanágio do Sr. Brito Camacho no exercício deste alto cargo. (Apoiados).

Quando um Alto Comissário é revestido de honestidade e alto carácter, como sucede com o Sr. Brito Camacho, a causa está bem confiada.

Nós socialistas confiamos que a defesa dos nossos interesses em Moçambique está o melhor entregue possível.

Em Portugal não tínhamos neste momento pessoa que fosse capaz de ir desempenhar tam alta missão.

O nosso sentimento não pode compreender senão que as colónias sejam rigorosamente províncias, e não humilhadas dependências da Metrópole.

Só assim se devem tratar as colónias, com carinho. Muitas vezes me tenho aqui referido a isto.

Neste momento, repito, ninguém haveria mais competente do que S. Ex.a para se desempenhar da missão qua lhe está confiada.

Há exemplo dum Alto Comissário que exerceu brilhantemente esse c£.rgo, não sendo colonial, e prestou os melhores serviços : foi António Enes.

Trabalhou muito pelo desenvolvimento da província.