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Sessão de 4 de Abril de 1921

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sunto não terá matéria para larga discussão.

Tenho dito.

O orador não reviu.

Sussurro.

O Sr. Pais Rovisco :—É extraordinário o que acaba de dizer o Sr. Presidente do Ministério.

O assunto que tratou o Sr. Homem Cristo é de magna importância, e eu tenho cousas importantes a dizer sobre essa questão.

Apartes.

Mantenho, pois, o meu requerimento j)ara depois do Sr. Presidente do Ministério responder ao Sr. Homem Cristo.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: — É preciso explicar os termos do requerimento de V. Ex.a V. Ex.a requereu que se generalizasse o debate sobre a questão de declarações feitas pelo Sr. Homem Cristo; mas é preciso lembrar que o Sr. PIomem Cristo pediu a palavra para tratar do assunto respeitante à polícia, e que em seguida, tratou do incidente da guarda nacional republicana e questões relacionadas com Osse assunto.

S. Ex.a não reviu.

O Sr. Pais Rovisco: — É que V. Ex.n não conhece um facto passado junto de mim e do Sr. Homem Cristo.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: — O Sr. Homem Cristo tratou de vários assuntos; tratou da polícia e da guarda republicana. Pre-gunto a V. Ex.a se o' requerimento é referente a ambos os assuntos.

O orador não reviu.

O Sr. Pais Rovisco: — É sobre o assunto respeitante à guarda republicana.

O Sr. António Granjo (sobre o modo de votar]: — O Sr. Homem Cristo pôs a questão não em relação à sindicância, mas em relação ao procedimento do Governo.

Eu darei o meu voto para a generalização do debate.

O orador não reviu.

O Sr. Manuel José da Silva: — O Sr. Pais Rovisco teve ocasião de ponderar a

conveniência de se votar o seu requerimento depois do Sr. Presidente do Ministério responder ao Sr. Homem Cristo.

Se é certo que o Sr. Ministro do Comércio e Cemunicações respondeu em nome do Sr. Presidente do Ministério, ninguém é, porém, mais idóneo para o fazer que o próprio Sr, Presidente do Ministério. Este lado da Câmara aprova o requerimento no sentido proposto.

O orador não reviu.

O Sr. Pais Rovisco:—Retiro o meu requerimento para o apresentar depois do Sr. Presidente do Ministério falar.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro do Interior e interino da Agricultura

(Bernardino Machado): — Sr. Presidente : disse à Câmara que me parecia que o assunto não é para largo debate.

Eu soube, ao entrar nesta Câmara, que o Sr. Homem Cristo havia feito referências a um manifesto em que se lhe dirigiam ameaças.

Devo dizer muito simplesmente, ao Sr. Deputado que todos os dias quási, infelizmente, há manifestos; está inçada deles a sociedade portuguesa, contra o Governo e até contra as instituições. (Apoiados).

' Portanto, se é realmente deplorável o facto, é contudo superabundante,

Mas tenha S. Ex;a a certeza que se se der qualquer indicação concreta ao Governo, eu procederei contra os autores, quando seja possível descobri-los, e com a severidade que se deve ter contra.êsses ataques sejam eles contra quem forem, contra o Governo e contra as instituições.

Sejam quem forem os seus autores.

Foi grande a estranheza do Sr. Deputado por se ter mandado fazer UIL inquérito sobre factos da vida interna da guarda republicana.

Não tem o Sr. Deputado razão.

O Governo pode mandar fazer os inquéritos que entender, baseado em razões de disciplina, sempre que em qualquer quadro civil ou militar se reclame um inquérito. Mas a despeito disso, ainda que se não reclame o inquérito, o Governo tem o direito de o ordenar.