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Sessão de 8, 11,12 e 13 de Abril dê 1921

O ódio dos monárquicos para .còín os republicanos é inextinguível; e afinal de contas os republicanos têm "sido sempre generosos, com raras excepções, nas épocas em que era tam fácil tirar a revin1-dita.

Os republicanos têm procedido honradamente nos dias gloriosos para â Repú-blíca.

Após a escalada de Monsanto, tendo visto lá exemplos como o da morte, dada à traição, do alferes Martins, nunca os republicanos macularam o seu nome com vinganças torpes e mesquinhas.

À generosidade dos republicanos têm respondido os monárquicos com o ódio e com a ingratidão.

A propósito da nossa intervenção n,a guerra foram proferidos nesta casa do Parlamento vários discursos, de entre os quais destacarei o do Sub-Secretário de Estado da Guerra de então, em resposta ao chefe da minoria monárquica.

O ódio deles nunca desarma, estando sempre pronto a cuspir lama sobre os homens da República.

Ainda ontem chegando eu a Lisboa uma das primeiras cousas que vi num jornal dos que pedem a amnistia, foi a afirmação de que havia um Ministro das Finanças que era cúmplice de banqueiros na extorsão de dinheiros ao país.

Eu pregunto : pestes homens que nos atacam com a rudeza destas palavras, porventura pensarão que nos desarmam por esta forma?

A quem assim se nos dirige nós devemos responder altivamente : queremos s. República prestigiada. <íHá de='de' dê='dê' bem='bem' do='do' mais='mais' justiça='justiça' das='das' há-os='há-os' dela='dela' república='república' suas='suas' homens='homens' peço='peço' todas='todas' exército='exército' eu='eu' criminosos='criminosos' as='as' na='na' morte='morte' esses='esses' vezes='vezes' eles='eles' que='que' paixões='paixões' cadeia='cadeia' salvem='salvem' uma='uma' dos='dos' alto='alto' situações='situações' mil='mil' regimes.='regimes.' para='para' mesquinhas='mesquinhas' pena='pena' acima='acima' mas='mas' infelizmente='infelizmente' a='a' expulsem-nos='expulsem-nos' dentro='dentro' metam-nos='metam-nos' os='os' e='e' homens.='homens.' monárquicos.='monárquicos.' p='p' ergam-na='ergam-na' severa='severa' favor='favor' decretem='decretem' todos='todos'>

Invoca-se nesta hora os soldados desconhecidos.

[Representam uma cousa mais alta do que a República; representam uma Pátria !

Representam aqueles que, chamados a

cumprir o seu devei*, foram pára a guerra; representam todos os grandes anónimos da nossa história; representam os sacrificados, j Não representam aqueles que estão nas cadeias por terem atacado a República!

Não representam Sòlari Alegro, não representam Paiva Couceiro, porque se os 'representassem não seria eu que me atrevia sequer ã entrar hb átrio do Congresso da República; não seria eu quê parando junto dos ataúdes rezava ás orações quasi esquecidas dá minha infância.

' jNão os misturem, por amor de Deus, porque estão tâm altos que são sagrados !

í Não os misturem com as nossas paixões !

jPorque escolheram os senhores esta hora para nos arrancar o perdão para aqueles que apenas esperam o momento oportuno para nos atacarem !

£ i Forque nos vêm perturbar nesta hora de paz!?

Eu respeito no campo monárquico os adversários dignos como Moreira de Almeida, que confessaram as suas culpas e que diante dos juizes que os julgaram foram francos e altivos.

Dizem que houve iniqilidades nos julgamentos, más essas iniqiiidades puseram em relevo o procedimento dessas criaturas, perante as quais a minha alma de republicano sê ajoelha.

Mas houve iniqúidades?

Houve-as, porque uns são dignos e outros não souberam ser dignos. Ora a República não tem culpa das miqílidades que resultaram- exactamente desses factos.

Sr. Presidente: tenho sincero dó, porque tenho filhos e porque tive pai, e porque tenho esposa, tenho sincero dó da dor amargurada daqueles que anseiam pelo momento libertador em que os seus irmãos, filhos e esposos, saiam das cadeias.

Sei o que são lágrimas 'de filho, de esposo e de pai, mas nunea sacrificarei um momento sequer da tranquilidade da República à tranquilidade dessas criaturas.