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Sessão de 22 de Abril de 1921

O Orador: — O Sr. Francisco Grilo acusou o Sr. Luís Soares de ter puxado contra si uma pistola.

Instaurou-se um processo disciplinar; e não sei realmente se se provou a afirmativa daquele Senhor.

O Sr. Bartolomeu Severino:—Houve uni inquérito pelo qual não se provou absolutamente a acusação do Sr. Francisco Grilo.

O Orador:—Sr. Presidente, são desta força as testemunhas que nos acusam.

O Sr. Presidente:—Previno V. Ex.a de que faltam apenas 5 minutos para se encerrar a sessão. Se V. Ex.a assim o desejar pode ficar com a palavra reservada para a próxima sessão.

0 Orador:—Poucos minutos mais gastarei com as minhas considerações.

Sr. Presidente, vê, portanto, Y. Ex.a a origem deste terrível complot.

Estes homens foram amnistiados e o Sr. Ministro do Trabalho manteém um processo disciplinar a propósito do mesmo caso.

Isto é extraordinário!

Mas, então, há um processo, no qual as vítimas não podem recorrer, há um processo que se manda arquivar,'impedindo assim os acusados de recorrer para os tribunais, a fim de poderem meter na cadeia os seus detractores, e o Sr. Ministro do Trabalho nomeia um sindicante para proceder a um processo disciplinar a respeito desse mesmo processo que está arquivado ?!

1 Para uns não serve o processo.f para outros serve! Mas o que ó isto? (JÉ bico ou cabeça?! (Risos).

Por todas estas razões que expus, Sr. Presidente, eu peço ao Sr. Ministro que me responda sobre os seguintes pontos : o que diz respeito à minha pessoa como implicada na questão; o relativo à situação dos homens acusados, se é ou não uma situação falsa, — este ponto espero que o Parlamento mais tarde o resolva; e ainda o que se refere -à circunstância de a comissão parlamentar de inquérito fazer incidir os seus trabalhos a tem-

pos posteriores àquele que tem determi" nado. E devo dizer, como inicialmente o fiz, que não me quero meter no assunto da comissão de inquérito. Se ele vier à discussão, estou pronto a entrar nele. (Apoiados).

Tenho dito.

O discurso será publicado na íntegra quando o orador haja devolvido as notas taquigráficas.

Antes de se encerrar a sessão

O Sr. António Granjo: — Sr. Presidente: pedi a palavra para antes de se encerrar a sessão, a fim de significar a V. Ex.a e à minoria socialista que, quando eu pedi para V. Ex.a consultar a Câmara sobre se me permitia que eu usasse da palavra a seguir ao discurso do Sr. Ministro da Instrução, não tinha em mira evitar que hoje tivesse lugar a interpelação anunciada pelo Sr. Dias da Silva.

Devo dizer mais a V. Ex.a e à minoria socialista que eu costumo tratar das questões quando elas vêm ao Parlamento, ou quando eu ao Parlamento as trago. O assunto tratado pelo Sr. Ministro da Instrução, merece, realmente, as atenções da Câmara e sobre ele eu entendo que devo fazer algumas considerações. (Apoiados).

Mas falo agora, apenas, para dizer estas palavras, que envolvem toda.a minha consideração pela minoria socialista e pelo Sr. Dias da Silva. ..

O Sr. José de Almeida: — <_:V. p='p' dá-='dá-' ex.a='ex.a'>

-rne licença?

Para dizer a V. Ex.a que a atitude que a minoria socialista tomou há pouco, foi por julgar que a discussão sobre o assunto dos Bairros Jociais, que há muitos dias se vem anunciando sem ter realização, ainda agora seria protelada, e nunca por menos consideração para com V. Ex.a

O Orador:—Muito bem. As considerações que tenho a fazer não perderam a oportunidade, e em qualquer dia próximo eu terei ocasião de as fazer.

Tenho dito.

O orador não reviu.