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Diátie dá Câmara dos Deputados

O Orador: — Estou certo disso, conforme já disse ^ e por isso lhes peço ô favor de procederem para com o Sr. Ministro do Trabalho de forma idêntica àquela como ele procedeu para com o Sr. Augusto Dias da Silva, isto é, ouvindo-o com toda a atenção.

Espero, pois, que V. Ex.as façam um pouco de silêncio a fim de que S. Ex.1"1 possa falar.

O Sr. Ministro do Trabalho (Domingues dos Santos): — Sr. Presidente: a minha impressão era a de que S. Ex.;-s se opunham a que eu falasse; e assim o depreendi das palavras proferidas pelo Sr. José de Almeida. Porém, como vejo que não é essa a intenção de S. Ex.;-s, antes, pelo contrário estào de acordo em que me seja dada a palavra sobre o debate, não têm razão cie ser as considerações que por agora ia fazer.

O Sr. João Camoesas: — Sr. Presidente: pedi a palavra para declarar coni toda a IVanque/a que não vejo inconveniente em que o Sr. Ministro do Trabalho use desde já da palavra, desde o momento em que ele entende que o devo fazer imediatamente.

Nesta ordem de ideas, nós somos, pois, de opinião que S. Ex.a deve definiu a sua situação o mais rapidamente possível.

O Sr. .Vasco Borges:—A Câmara ouviu com toda a atenção as palavras que há pouco proferiu o deputado Sr. Dias da Silva, pelo qual toJos nós temos muita consideração. A verdade, porém, é que nós temos egualmente a mesma consideração pela pessoa do Sr. Ministro do Trabalho (apoiados) cuja dignidade pessoal e de ministro da República exigem uma pronta resposta às afirmações do Sr. Dias da Silva. Nestas condições, eu não posso deixar de dar o meu voto à realização duma sessão nocturna, ou à prorrogação desta sessão por forma a permitir a S. Ex.a a sua natural desafronta.

Conheço o regimento desta casa do Parlamento e sei que ele não contém qualquer disposição que tal permita; todavia eu julgo que cm questão de tamanha gravidade, a Câmara, em sua soberania, poderá resolver como achar mais convenien-

te, embora forçando a letra do próprio regimento.

(O orador não reviu),

O Sr* Carlos Olavo: — Pedi a palavfá para declarar que o Partido Reconstituinte dá o seu voto a qualquer resolução que permita ao Sr, Ministro do Trabalho a sua defesa/

O Sr. Ladislau Batalha: — Embora a discussão deste assunto possa a::ectar correligionários meus, eu continuo a manter o desejo de que justiça completa seja feita. Para isso é preciso que se taça inteira luz, e para que se faça inteira luz é necessário que todos digam da sua justiça e exponham as suas razões. No emtan-to parece-me que nesta altura da sessão não podemos estar a prolongar o debate. Mas para que se não diga que eu pretendo coarctar o direito de defesa ao Sr. Ministro do Trabalho, eu alvitro que S. Ex.a use da palavra a titulo de explicações, guardando para outras sessões quaisquer desenvolvidas apreciações que desejo fazer.

O orador não reviu.

O Sr. Domingos Cruz: — Invoco o artigo 51.° do Regimento, visto o Sr. Presidente ter declarado já que se tinha entrado no período artes de encerrar a sessão.

O Sr. Vasco Borges: — Requeiro para se prorogar a sessão para se continuar a discussão do .assunto em debate.

Foi aprovado.

O Sr. Presidente:-—A sessão continuará às 22 horas. Está suspensa a sessão. Eram 7.9 horas e 35 minutos.

SEGUNDA PARTE

O Sr. Presidente:—Está reaberta a sessão.

Eram 22 horas e 20 mimitos.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o

Sr. Ministro do Trabalho.