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Sessão de 26 de Abril de 1921

Leu-se e foi aprovada a proposta.- É a seguinte:

Senhores Deputados.— A vossa comissão de guerra, concordando com as alterações introduzidas no Senado à proposta de lei n.° 670, pois que elas em nada alteram o fim da mesma proposta, mas dão--Ihe a verdadeira redacção, pede-vos que as aproveis.

Sala das sessões, 26 de Abril de 1921.— Júlio Cruz — Luís Tavares de Carvalho— Vir i ato da Fonseca—J. Rodrigues Braga — Malheiro Reimão—A. Pinto da Fonseca — João Estêvão Aguas, relator.

Alterações introduzidas pelo Senado à proposta da -Câmara dos Deputados n.° 670, que autoriza a comissão promotora do monumento ao falecido jornalista França Borges a mandar fundir no Arsenal do Exército, gratuitamente, esse monumento :

Artigo 1.° É autorizado o director do Arsenal do Exército a mandar fundir na Fábrica de Braço de Prata, e por conta da Fazenda, o monumento a erigir ao falecido jornalista França Borges, para o qual já foi concedido o bronze necessário pela lei n.° 890.

§ único. A comissão promotora do monumento deverá prestar ao director do Arsenal, ou seu delegado, todos os esclarecimentos acerca do mesmo monumento.

Palácio do Congresso, 12 de Abril de 1921. — António Xavier Correia Barreto— L. 1. Ramos Pereira — J. Pereira OU de Matos.

O Sr. Sampaio Maia: — Desejava saber se a Comissão de Verificação de Poderes já tem conhecimento do ofício da eleição de Castelo Branco.

O Sr. Presidente:—Chegou um novo ofício, que vai ser enviado à comissão.

O Sr. Homem Cristo: — Sr. Presidente: pedi a palavra para chamar a atenção da Câmara e do Governo para os ataques de que está sondo alvo, no Rio de Janeiro, o embaixador de Portugal. Confesso desde já que não tenho prazer nenhum em ventilar aqui este assunto. Mas acima de toda e qualquer consideração pessoal es-

tão os interesses do país e a honra da nação.

No diário A Tarde, do Rio de Janeiro, saiu isto publicado:

Um «furo» sensacional de «A Tarde»— Conhecido embaixador completamente embriagado numa casa de zrendez-vous» da Rua de Santo Amaro, entre «cocottes», achincalha canalhamente a sua pátria.

Título e sub-título, Sr. Presidente, em grandes letras, em parangona, encimando o que se segue:

«Aquele embaixador, em torno de cuja pessoa e vida andam os inveterados frequentadores dos volutabulos a urdir comentários dignos de uma criação de Pa-queliu, é o que se pode chamar um embaixador de escândalos. Cuspindo no protocolo como qualquer trapeiro, o nosso Talleyrand de bobagem enveredou-se mesmo para as alegres embaixadas àíijeunesse dorée.

Se a sua espectaculosa farça de anteontem,- da qual já tratámos longamente, fosse caso meramente adventício, era bem possível que nós com ele não nos preocupássemos ; mas aquele diplomata é reincidente nos cultos esturdiantes de Vénus e de todos os seus irrequietos satélites, encarnados na trindade sinistra — mundo, diabo e carne.. -

E não se trata da pessoa angulosa de um cabaratier qualquer. Para o herói desse vaudeville acanalhado estão voltadas as atenções dos laboriosos membros de uma colónia, a mais numerosa do Brasil. •

Por isso mesmo, os seus brios de povo livre, de povo que se tem sabido impor ao conceito das nações nos períodos mais difíceis da história humana, ora fascinando-as à luz das grandes epopeias guerreiras, ora desbravando os labirintos impenetráveis dos mares «dantes nunca doutrem navegados», ora dando com o subsídio das suas maravilhosas descobertas as sciências experimentais, exigem um espurgo em regra na sua embaixada, que não pode estar assim à mercê de um pândego dessa linhagem.