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tiessão de 12 de Maio de 1921

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sa-r disso, no Parque' da Aviação há apenas seis mecânicos para todos os aparelhos, o que é muito pouco ou quási nada.

Por aqui se vê a situação difícil em que se encontram os nossos aviadores, quando é certo que eles, ao contrário do que para aí se diz, isto é, que só gastam ga? solina c que nada fazem, desempenham um papel importantíssimo.

Parece-me que defini por completo a minha maneira de ver, e o Parlamentp, votando ôste projecto, criando uma 5.a arma, não faz mais do que defender o País.

Tenho dito.

O discurso será publicado na íntegra, revisto pelo orador, quando restituir, revistas, as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.

O Sr. Cunha Leal: — Sr. Presidente : emqnanto náo ouvir razão que me convença da urgente necessidíide deste projecto, eu não lhe darei o meu voto; e não falo em nome do Partiçlo Popular, mas sim em meu nome pessoal.

O Sr. Ministro da Guerra, que já me teve em dois Ministérios, um de curta duração, sabe bem a minha orientação quanto a compressão de despesas. Não voto o aumento de despesas sem se criar o aumento de receitas; e como agora vai criar-se uma despesa considerável, eu nessas condições não posso votar o pro--ecto. Só votarei aumento de despesas quando seja de extrema necessidade.

Eu sei que o Sr. Ministro da Guerra tem as melhores intenções de reduzir as despesas, mas onde S. Ex.a o não poderá fazer é no vencimento dos funcionários, que não podem continuar a manter-se, embora digam o que disserem.

Para reduzir despesas é preciso que o Sr. Ministro não perca a autoridade, aumentando as despesas com projectos destes.

Uma das despesas com que é preciso acabar é com o Parque Automóvel (Apoiados] e com o Depósito de Fardamentps (Apoiados}.

É preciso acabar com estes desperdícios.

Eu daria imediatamente o meu voto, se V. Ex.a me mostrasse a necessidade de o dar,, tendo ganho autoridade morn). para o pedir.

V. Ex.a também me pode dizer que-euí também quis aumentar' as receitas, mas' isso, repito, é uma coasa fundamentalmente diferente do caso de se aumentarem as despesas.

Tenho çlíío.

O discurso ser(í publicado na íntegra,-revisto pelo orador, quando forein dèvol-' vidas, revistas, as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.

!

O Sr. Ministro da Guerra (Álvaro de

Castro): —* Sr. Presidente : pedi a palavra para responder aos Srs. Deputados-que fizeram considerações acerca do projecto de lei que se discute.

Devo dizer ao Sr. Plínio Silva que há, de facto, iim plano de trabalho relativamente à aviação rríilitar. Quanto aos trabalhos da Escola de Tiro' de Artilharia, não me referirei a ôles em detalhe, porque V. Ex.a, decerto, não quere que se organizem os serviços de aviação junto dessa escola. Mesmo até agora ainda não me chegou nenhum pedido nesse sentido. Certamente que' existe no regulamento desta escola a disposição que determina que os seus serviços e estudos sejam feitos em conjunto com os da aviação, mas até agora ainda não tem havido enseje para isso, porque não. há verba suficiente. E claro que há em nós todos o desejo de o fazer, mesmo para que se consiga o levantamento completo da nossa carta topográfica, que constitui para os meios militares uma aspiração. (Apoiados}.

Mas do que se trata neste projecte é, apenas, de despesas cem a construção do edifícios próprios para e Parque de Aeronáutica Militar, visto que a máíer parte dos aparelhos se encontram ao ar livre, bein como muitos maquinismos importantes, e, se não lhe acudirem a tempo, nós teremos amanhã, não só de gastar este dinheiro que agora se propêe, mas muito mais ainda.

De resto, estou convencido, porque conheço os oficiais técnicos que estão à frente dos serviços de aviação, que ôles • terão amanhã p desenvolvimento que V. Ex.a quere que eles tenham. (Apoiados}.