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Diário da Câmara dos Deputados

das despesas, porque estas trazem violências e injustiças.

(jQuem assegura a ordem pública no ^crís? A guarda republicana e a polícia, (. 'eio eu; mas a guarda republicana também representa um papel de importância-Tio caso de luta com o estrangeiro, pelo menos na hipótese de um ataque. £ Portanto eu pregunto que necessidade temos nób de ir buscar tanto homem à caserna, ao comércio e à indústria? Só se é para justificar esses milhares de oficiais que existem.

Creio que isto representa uma economia, com manifesta vantagem para o País e grande satisfação para esses homens que são chamados numa época em que a Pátria já deles não carece. .Mas, há mais ainda, Sr. Presidente. Temos a nossa Ks-cola de Guerra aberta para fazer oficiais, quando a toda a gente ouvimos dizer que há oficiais em demasia para a nossa força em soldados e para a pequenez do País. principalmente agora que, depois da guerra, chamámos ao activo oficiais milicianos. <_ com='com' aberta='aberta' a='a' de='de' e='e' apoiados.='apoiados.' ou='ou' quatro='quatro' ks-cola='ks-cola' h='h' guerra='guerra' p='p' cinco='cinco' fechamos='fechamos' por='por' frequência='frequência' havemos='havemos' não='não' continuar='continuar' anos='anos' porque='porque'>

£ Com respeito ao Colégio Militar que, .sem dúvida alguma, é um verdadeiro estabelecimento modelo sob o ponto de vista pedagógico, por que razão o não havemos de conservar aberto apenas para o ensino liceal, encerrando-lhe completamento as portas como ponto de passagem para o exército? Aqui é que, realmente, dovemo? fazer reformas e compressões de desposas, mas vendo os efeitos da nossa obra. Agora, ir a um Ministério onde se despendem vinte ou trinta mil contos, desorganizar serviços, cometer violências e praticar injustiças, para, no fim de contas, se economizarem uns duzentos contos — isso é que é uma compressão de despesas que eu não posso compreender.

O Sr. Ministro das Finanças na sessão de ontem quási que fez ironia sobre aquelas ideas quê muitos têm do que ó indispensável aplicar neste país processos cm voga, e desde há muito, na América do Norte, e que produzem um êxito seguro.

E então S. Ex.a, que também já foi Ministro da Agricultura, veio dizer-nos que a fantasia americana não é de forma alguma adaptável ao nosso país, porque, se

lá pode ser frutuosa, em Portugal de fan-" tasia não poderia passar.

Ora, Sr. Presidente, o que se faz na América poder-se-ia fazer em Portugal e pena é que entro nós se não faça o que lá se tem feito.

£ Mas porque razão se não faz?

Porque nós não temos elementos de trabalho, nem elementos de preparação, nem campos experimentais, e aiudí, porque os tais conselhos técnicos a que o Sr. Ministro das Finanças se referiu se acham inteiram enti; deslocados.

Eu também sou pelos consslhos técnicos, mas quero-os na província. E aí que eu quero que a sua acção se exerça. Quero também na província os campos de experiências e não em cantei::os e vasos na Ajuda e que, quando se preceda a sondagens para pesquisas de água, se procure a terra do sul, onde tanta falta faz, e não se vá para uma terra de constituição como a da Ajuda, de basalto, onde a sonda trabalha sem descanço o a água não aparece.

O Sr. Ministro das Finanças (António Maria da Silva): — <_ p='p' a='a' de='de' culpa='culpa' e='e' é='é' quem='quem' _='_'>

O Orador: — «;E do quem é a culpa?— pregunta o Sr. Ministro das Finanças. Não ó minha, não é dos burocratas, mas dos engenheiros que, tendo-lhes sido entregue uma sonda e conhecendo já a constituição dum terreno, deviam ter sido os • primeiros a aconselhar o seu uso no sul, porque da primeira vez que com ela tr'a-balharam deviam emprega Ia com uma certeza quási absoluta de êxito.

É que estes serviços técnicos só convêm em Lisboa. Ninguém quero sujeitar se à província, visto que lá não lia Martinho nem Brasileira, nem há Chave de Ouro, e outras casas -afamadas, não há nada disso.

Nemháeoscovilhice política permanente, que é o gozo da maior parte dos espíritos elevados da nossa terra.

Sr. Presidente : lá não se come tam bom como em Lisboa, sofrem-s o outras agruras, e põe-se mais à prova o saber década um, e muitas vezes os mais categorizados nos serviços públicos postos à prova tem de fazer-se deles juízo bem diverso, bem pouco lisonjeiro.