O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

fitaria âa Úâmara de» Deputado»

e à nossa nacionalidade, se não viesse á realizai* oií pudesse vir a ser uma cousa meãos decorosa para os nossos olhois e para os olhos do estrangeiro.

:Nfto queria também o Governo colo-càr-se na situação de, anunciada' essa feira, :e 'não podendo assim recuar 'pelais responsabilidadés cHadaS para o próprio País, ter de dar mais que os 250 contos: .

Ora aqui têm S. Ex.a as razões que me leA7árám a incluir no.projecto esta disposição.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sn Alberto Xavier í — Ê ' magoada-íiaente quê éii entro no debate que se tem travado em volta da questão dó nosso Comissariado na exposição do Rio de Janeiro. -••••-

A sessão de ontem foi uma sessão dolorosa para os meus sentimentos republicanos.-

Eu vejo, com1 verdadeiro desgosto, patentearem-se com uma frequência a que se não quer é pôr cobro as ímprevidên-cias dos homens que nos governam.

& Como é que se Compreende que sobre a situação do comissariado ria' exposição do Rio de Janeiro riSo tivesse o Governo ' conhecimento, dia a dia, de toda a situação?

^Como é que se compreende que o Governo não tenha tido desde a primeira hora todos os elementos de informação, ,08 inais minuciosos 0 detalhados, 'que o habilitassem' á actuar conveniente e adequadamente?

O Sr. Paira Gomes:—-'O Comissariado é autónomo.

O Orador:—NB,o ha'autonomia possível perante à autoridade do Poder Executivo.

Não é preciso legislar" nesse sentido: " a autonomia dos 'serviços públicos acaba perante a,vontade dó Ministro.

Se' assim não fosse então teríamos tantos estados dentro do Estado quantos são os serviços autónomos.

O Governo—e guando digo Governo não me refiro a.pessoas,— o "Governo tinha obrigação de conhecer toda a marcha dos trabalhos dá" secção portuguesa

na Exposição dó Rio de Ja.neiro; era o seu dever.

Depois, como é que esta questão surge na Câmara?

£ Trazida" pelo Governo como seria natural e'lógico?

Não; trazida por uol Deputado possuidor de documentos que só podiam e deviam estar na posse do Mimstro do Comércio.

Eu não felicito o Sr. Vasco Borges pela sua atitude tam ruidosa o tatu pouco harmónica com o prestígio da República'.. .

Interrupção do Sr. Vasco Borges que não se ouviu.

O Orador:—Em matéria de republicanismo e de moral republicana eu não recebo lições de V. Ex.a

Sr. Presidente: não havia o direito de serem apresentados por nenhum antigo Ministro os documentos que aparecem.

Documentos oficiais só poderiam ser apresentados a público pelo Ministro em exercício.

Uma voz: — Que doutrina!

O Orador:—Podia a questão ter outro aspecto prestigioso para a República, se fosse trazida ou suscitada pelo Governo.

O Sr. Vasco Borges num dado momento entendeu que o Comissário da Exposição do Rio de Janeiro devia ser chamado a Lisboa porque factos graves de natureza irregular obrigavam a esse chamamento?

Então progunto eu: um caso grave .da importância deste resolve-se pelo chamamento do Comissário de Exposição do Rio de Janeiro a Lisboa, como se ele estivesse no Porto, ft 24 horas de caminho?

Uma única resolução havia a tomar: demiti-lo imediatamente. Se a sua permanência era prejudicial aos interesses na cionais, não o deixaria ficar nem um momento mais ali, naquele cargo. O seu dever era tê-lo demitido, sem se dar a inconveniência de pub3icãrem-sQ documentos.

Ora esse facto absolutamente estranho deu-se.

Tenho" aqui um telegrama assinado pelo Sr. Ministro do Comércio de então Vasco Borges.