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Diário da Câmara dos Deputados
O Sr. Presidente do Ministério e Ministro do Interior (António Maria da Silva): — Sr. Presidente: os Srs. Nuno Simões e Cunha Leal acabam de declarar que não têm de dar satisfação do modo como fazem as suas críticas como jornalistas.
Não vejo a razão por que S. Ex.ªs tiveram de dizer tais palavras, quando eu não proferi palavras que pudessem significar diferença entre a nobreza de procedimento de S. Ex.ªs aqui ou lá fora.
Àparte do Sr. Nuno Simões que não pôde ser ouvido.
O Orador: — Continuando, direi que não abdico do direito de dizer que aqueles que aqui têm assento podem fazer aqui a crítica que fazem lá fora.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Cunha Leal: — Se V. Ex.ª o deseja, proponho-me tratar em negócio urgente o assunto da proposta que foi apresentada a respeito do empréstimo.
Àpartes.
O Sr. Presidente: — Não há mais ninguém inscrito. Vai proceder-se à votação da moção do Sr. Leote do Rêgo.
Leu-se e foi aprovada.
É a seguinte:
A Câmara constatando pelas declarações já feitas pelo Presidente do Govêrno, que se propõe realizar integralmente o programa contido na declaração ministerial de 11 de Dezembro último, passa a ordem do dia.
Sala das sessões, 25 de Janeiro de 1923. — Leote do Rêgo.
A requerimento do Sr. Cancela de Abreu procedente à contraprova, sendo novamente aprovado.
Em seguida procede-se à votação dá moção do Sr. Morais Carvalho, sendo rejeitada.
O Sr. Presidente: — Tenho de participar à Câmara a seguinte substituïção numa comissão:
Substituir o Sr. António Albino Marques de Azevedo pelo Sr. Joaquim Narciso da Silva Matos.
Para a Secretaria.
O Sr. Presidente: — Devia entrar agora em discussão o parecer n.º 61, mas, antes, vai ser lida uma carta que foi enviada à Mesa pelo Sr. Estêvão Águas.
Leu-se o pedido do Sr. Estêvão Aguas para ser adiada a discussão do parecer n.º 61 até êle regressar, visto ter de sair de Lisboa durante quatro a cinco dias.
O Sr. Presidente: — Como a Câmara acaba de ouvir ler o Sr. Estêvão Águas pede que seja suspensa a discussão do parecer n.º 61 até S. Ex.ª estar presente; e, assim, vou submeter à votação da Câmara êsse pedido.
O Sr. Pires Monteiro (sôbre o modo de votar): — Sr. Presidente: tendo a maior consideração pelo ilustre relator do parecer n.º 61, devo dizer, todavia, que não vejo motivo para que a discussão dêsse parecer seja suspensa, pois, estando presente o Sr. Ministro da Guerra, S. Ex.ª pode dar-se por habilitado para discutir o parecer nos termos do Regimento.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Carlos Pereira (sôbre o modo de votar): — Sr. Presidente: quere-me parecer que o pedido do Sr. Estêvão Águas não devia sequer ser pôsto à votação, pois é contra o Regimento.
Tenho dito.
O Sr. Jaime de Sousa (sôbre o modo de votar): — Sr. Presidente: parece-me que seria um péssimo precedente a aprovação do pedido do Sr. Estêvão Águas, porque, para demorar a discussão de qualquer parecer, bastaria o seu relator alegar ausência nesta Câmara por falta de saúde.
Acaba de ser consultado o Sr. Ministro da Guerra e S. Ex.ª declarou que acha conveniência no projecto.
Portanto não acho que a ausência do respectivo relator impeça a discussão do parecer.
É isto o que está no ânimo de todos e no do Sr. Ministro, além do que, tal facto, seria um péssimo precedente, como já disse.
Tenho dito.
O orador não reviu.