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Diário da Câmara dos Deputados
Sabe bem o Sr. Ministro da Guerra, que foi ilustre professor na Escola de Guerra em 1919, e que dirigiu uma escola de oficiais, a necessidade que tem o nosso exército de aperfeiçoar os seus quadros ministrando-lhe a necessária instrução.
E possível, é indispensável reduzir os quadros.
Os exércitos modernos são em campanha exércitos em que os oficiais de complemento — nos postos de capitão e subalterno — constituem uma enorme proporção.
Mas essa redução deverá ser conjugada com outras medidas essenciais para facilitar a utilização das actividades dispensáveis no exército, durante a paz.
Os quadros reduzidos serão principalmente, instrutores e monitores.
Assim a concentração dos efectivos, reduzirá muitas despesas e simplificará, os serviços.
Se reduzirmos as divisões militares a três, são essas divisões os núcleos da instrução, sem prejuízo do mantermos as oito regiões territoriais no continente da República, com os seus 32 distritos do recrutamento, como núcleos de recrutamento, mobilização e remonta e onde se realizariam as escolas de repetição.
Em lugar de distribuir os recrutas pelos 32 regimentos de infantaria do continente, poderíamos concentrar os recrutas em um pequeno número de unidades, o que facilitaria a instrução pela maior facilidade de aproveitar as aptidões diversas do quadro instrutor e permitiria uma fiscalização profícua.
Interrupção do Sr. Estêvão Águas.
O Orador: — Êsse projecto não tem base séria, não resistindo à mais ligeira crítica.
Por muita consideração que nos mereça a alta cultura financeira do ilustre autor dêsse projecto de lei, com êsses conhecimentos especiais, não poderia o mesmo ilustre colega apresentar um projecto tam extremista, que é irrealizável, embora o autor dêsse projecto pertença ao chamado Partido Conservador Constitucional, certamente o seu programa partidário não poderia inscrever êsse princípio de exércitos locais, que os próprios avançados em todos os estados não ousam proclamar.
As minhas considerações são baseadas em dados absolutamente rigorosos, têm uma base doutrinária perfeitamente assente, e, para argumentar e refutar as minhas opiniões, será essencial empregar o mesmo método.
A concentração dos electivos, quando nos referimos aos recrutas, poderia ser feita exclusivamente em campos divisionários fie recrutas, onde durante êsses períodos se vivesse uma existência militar inteira, adoptando os modernos preceitos de disciplina, adextrando profissionalmente e preparando os espíritos, criando em torno do exército, uma aureola de respeito, proveniente da forma rigorosa e da maneira devotada como oficiais instrutores e graduados monitores, desempenhassem os deveres dos seus cargos.
Só um pequeno número de unidades unificou os seus quadros permanentes de oficiais, graduados e tropas.
As outras unidades, teriam um restrito número de oficiais e graduados, durante todo o ano, mas era um determinado período, todos os oficiais e graduados, que constituíssem os seus quadros, teriam uma fase de instrução de quadros intensiva, servindo para êste fim.
Se os comandos forem escolhidos e seleccionados, êste sistema evitará a atonia do momento tremendo e acabrunhador que passa.
Actualmente o Ministro da Guerra não pode transferir para localidades diversas, um oficial ou graduado, pois as dificuldades de alojamento são tam grandes, que há oficiais que encontrando-se, há mais de seis meses, em determinadas cidades do país, ainda vivem em hotéis.
Na hipótese que estabeleci, o Ministro da Guerra poderia colocar os oficiais e graduados em qualquer unidade, conforme as necessidades, e êsses oficiais seriam apenas obrigados a apresentarem-se em determinada época do ano, para satisfazerem à instrução própria dos quadros e às escolas de repetição.
Não haveria assim dificuldade em ter todos os regimentos o devido número de oficiais, e haveria facilidade em permitir que os oficiais desempenhassem certos serviços ou tivessem empregos particulares, sem prejuízo da sua eficiência profissional.
Actualmente as praças estão distribui-