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Diário da Câmara dos Deputados
Porém, o Sr. Presidente do Ministério, posteriormente a êsse requerimento, fez várias considerações, definindo a atitude do Govêrno em face dos que lá fora projectam revoluções. Naturalmente as minorias têm o direito de declarar, em face de uma atitude desta ordem, o que julgarem por conveniente. E isto que é hábito fazer-se em todos os Parlamentos do mundo.
O orador não reviu, nem foram revistas pelo Exmo. Presidente as suas declarações.
O Sr. Presidente: — Vai votar-se o requerimento do Sr. Tavares de Carvalho.
O Sr. Álvaro de Castro: — Eu desejava que V. Ex.ª resolvesse a questão!
O orador não reviu.
O Sr. Presidente: — Por mim não posso resolver a questão, mas se V. Ex.ª desejar eu consulto a Câmara.
S. Ex.ª não reviu.
O Sr. Álvaro de Castro: — Não sujeite à votação da Câmara um caso que está no Regimento.
O orador não reviu.
O Sr. Carvalho da Silva (para interrogar a Mesa): — O que estava em discussão era o parecer n.º 424, e como o Sr. Presidente do Ministério já usou da palavra sôbre o assunto, eu julgo que está aberta a questão política, porque foi S. Ex.ª quem a abriu.
Sussurro.
O orador não reviu.
O Sr. Presidente do Ministério e Ministro do Interior (António Maria da Silva): — Eu falei em pleno uso de um direito, que é o de o chefe do Govêrno se solidarizar com um seu colega de gabinete.
Apoiados.
Não é uma questão política!
Apoiados.
De resto, esta minha atitude foi ainda mais justificada pelas explicações do Sr. Cunha Leal, que ontem disse que era preferível que se fôsse embora o Ministro das Finanças a que fôsse aprovado êste empréstimo.
Então, eu tenho de dizer à Câmara que
não é só o Sr. Ministro das Finanças que se vai embora; é todo o Govêrno.
Apoiados.
O orador não reviu.
O Sr. Carvalho da Silva: — Requeiro a votação nominal para o requerimento do Sr. Tavares de Carvalho.
Foi rejeitado.
O Sr. Carvalho da Silva (para explicações): — Os trabalhos desta Câmara têm corrido com normalidade. Em nome do Partido Nacionalista falaram dois Deputados e por êste lado da Câmara outros dois tudo correu na melhor ordem porque o Sr. Presidente do Ministério estava doente, mas apareceu S. Ex.ª, e foi o bastante para se perturbarem mais uma vez os trabalhos desta casa, empregando S. Ex.ª no seu discurso frases que bem não ficam na bôca de um Presidente de Ministério, procurando apenas fazer a confusão, pois que só no meio da confusão pode passar uma proposta ruinosa para o País.
Lamento que o chefe do Govêrno tenha pronunciado frases como aquelas que pronunciou!
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Álvaro de Castro.
O Sr. Álvaro de Castro: — Desisto da palavra, ficando as minhas considerações para ocasião mais oportuna.
Pelo tempo não perdem.
O orador não reviu.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Alberto Xavier.
O Sr. Alberto Xavier: — Sr. Presidente: tendo-me inscrito sôbre a ordem e em obediência às prescrições regimentais, tenho a honra de enviar para a Mesa a seguinte
Moção
«A Câmara, num exame geral da proposta do Govêrno, verifica que nela são solicitadas autorizações:
1.º Para realizar duas espécies de empréstimo, um, voluntário, interno, representado em títulos dum nominal de 4 mi-