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Diário da Câmara dos Deputados
Peço à Câmara para que seja lançado na acta um voto de sentimento e o facto comunicado à família do extinto.
O Sr. Carvalho da Silva: — Sr. Presidente: em nome dêste lado da Câmara associo-me ao voto de sentimento proposto por V. Ex.ª pelo falecimento do antigo ornamento desta Câmara António Maria Pacheco.
O extinto era uma pessoa de rara cultura e de um grande carácter, que nesta Câmara evidenciou sempre as suas qualidades de talento.
Era além de tudo uma pessoa de uma grande bondade que todos apreciavam.
Por isso me associo ao voto de sentimento proposto por V. Ex.ª
Tenho dito.
O Sr. Almeida Ribeiro: — Sr. Presidente: em nome da maioria, associo-me ao voto de sentimento proposto por V. Ex.ª
O Sr. Ferreira de Mira: — Sr. Presidente: Em nome do Partido Nacionalista associo-me comovidamente ao voto de sentimento proposto por V. Ex.ª
O Sr. Lino Neto: — Sr. Presidente: a minoria católica, em nome de quem falo, acompanha a homenagem proposta por V. Ex.ª
O Sr. Ministro da Guerra (Fernando Freiria): — Sr. Presidente: associo-me em nome do Govêrno ao voto de sentimento por V. Ex.ª proposto.
O Sr. Presidente: — Peço ainda para que seja lançado na acta um voto de sentimento pela morte do pai do Sr. João Luís Ricardo.
O Sr. Manuel Fragoso: — Sr. Presidente: em nome da maioria parlamentar, associo-me ao voto de sentimento pela perda do pai do nosso colega nesta Câmara João Luís Ricardo.
Pessoalmente, associo-me também ao voto de sentimento, visto que tenho a honra de conhecer o extinto, que era um chefe, de família exemplar muito dedicado a educação dos seus filhos.
Tenho dito.
O Sr. Ferreira de Mira: — Sr. Presidente: em nome dêste lado da Câmara e individualmente associo-me ao voto de sentimento proposto por V. Ex.ª Individualmente, mais comovidamente o faço porque conhecia o falecido, ligando-me a êle laços de estima.
O Sr. Carvalho da Silva: — Sr. Presidente: em nome da minoria monárquica, associo-me muito sinceramente ao voto de sentimento proposto por V. Ex.ª
O Sr. Lino Neto: — Sr. Presidente: do mesmo modo que há pouco associo-me em nome da minoria católica ao voto de sentimento que V. Ex.ª acaba de propor à Câmara.
O Sr. Presidente: — Em vista das manifestações da Câmara, considero aprovados os dois votos de sentimento.
A Câmara sabe que passou ontem o aniversário da batalha de La Lys, o facto mais extraordinário da Grande Guerra em que tomou parte o exército português. Sinto que a história se vai fazendo, tendente a desfazer a lenda que ao princípio se formou de que o 9 de Abril foi ùnicamente uma derrota do exército português.
Não é assim; sabe-se hoje que não se trata duma derrota no sentido vergonhoso da palavra.
Apoiados.
O esfôrço do exército português foi extraordinário. Durante a batalha houve unidades portuguesas, cujos comandantes foram aprisionados pelo exército alemão, quando a primeira linha de batalha não estava ainda conquistada. Assistiram presos nos seus quartéis generais à tomada das suas linhas. Êste facto, para que chamo a atenção da Câmara, denota bem o esfôrço e valentia das tropas da primeira linha que se batiam ainda quando pela retaguarda já eram atacados. E se não bastasse isso, teríamos ainda como argumento o número extraordinário de portugueses que desapareceram nesse dia.
Apoiados.
O tempo vai passando, mas felizmente que luz também se vai fazendo, prestando-se homenagem àqueles que deram a sua vida pela Pátria.
Mais ainda: a nossa intervenção na guerra, que foi um acto de alta política