O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

12
Diário da Câmara dos Deputados
Foi aprovado o capitulo 19.º do orçamento do Ministério das Finanças, bem como as respectivas emendas, entrando seguidamente em discussão o capitulo 20.º
O Sr. Carvalho da Silva: — Sr. Presidente: pedi a palavra sôbre o capítulo 20.º, por isso que êle responde, de certo modo, às observações que o Sr. Lúcio de Azevedo fez ao meu querido amigo Sr. Cancela de Abreu.
Por êle se verifica, Sr. Presidente, qual o trabalhinho da Casa da Moeda, no tempo da República, comparativamente com o do tempo da monarquia, que tanto S. Ex.ª procurou deprimir.
Esta é a melhor definição da obra da República, em matéria de moeda, que, como V. Ex.ª vêem, é fraquinha.
Eu não quero dizer com isto que é o Sr. Lúcio de Azevedo quem tem á culpa, mas a verdade é que, repito, a moeda da República é muito mais fraquinha do que a da monarquia.
Relativamente às despesas inscritas neste capítulo, constato mais uma vez que o Orçamento não serve para nada, pois encontro a verba de 60:000 contos para vencimentos a funcionários, etc., quando a verdade é que tudo isto já está modificado pelo parecer n.º 470.
Queremos, apenas, lavrar o nosso, protesto contra o facto de se estar discutindo nesta Câmara um documento confeccionado desta forma. Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Lúcio de Azevedo: — Sr. Presidente: não acompanhei de princípio as considerações do Sr. Carvalho da Silva.
Sei, no emtanto que êle fez reparos a verbas que estão consignadas no capítulo 20.º do orçamento do Ministério dás Finanças.
Ora, Sr. Presidente, a razão das observações provém de S. Ex.ª ser um rico proprietário e não industrial, porque, se assim fôsse, S. Ex.ª não desconheceria a excessiva elevação de preços que têm sofrido todas as mercadorias.
Assim, se S. Ex.ª atentasse que uma simples resma de papel para selar, que antes An guerra custava $45, custa agora 20$, verificaria que as verbas inscritas neste capítulo não são de modo nenhum exageradas.
O Sr. Carvalho da Silva: — Perdão! O que eu disse foi que a moeda da República é mais fraquinha do que a da monarquia.
O Orador: — Referiu-se ainda S. Ex.ª ao trabalhinho da Casa da Moeda.
Eu não comprendo o sentido que S. Ex.ª quis dar à palavra, mas o que posso afirmar a V. Ex.ª e à Câmara é que actualmente não se faz ali moeda falsa. para o director e amigos, como se fazia, no tempo da monarquia.
O trabalho que ali se faz é honesto e de molde a dignificar as instituições.
Tenho dito.
O orador não reviu.
Foram aprovados os capítulos 20.º, 21.º e 22.º, bem como a seguinte emenda:
Capítulo 21.º, artigo 9.º:
Proposta de alteração da verba «Despesas com o 6.º recenseamento da população":
Pagamento a empreiteiros e retribuição ao pessoal da Direcção Geral de Estatística, que coadjuvar o serviço do recenseamento:
[Ver valores da tabela na imagem]
Verba inscrita
Reforço
Total
Lourenço Correia Gomes.
Seguidamente foi aprovado o capitulo 23.º
O Sr. Paulo Cancela de Abreu: — Requeiro a contraprova e invoco o § 2.º do artigo 116.º
Feita a contraprova, verificou-se não haver número para votações, visto estarem de pé 3 Srs. Deputados e sentados 45.
O Sr. Presidente: — Como não há número para votações, vai continuar a discussão dos restantes capítulos.
Foram postos à discussão os capítulos 24.º e 25.º
O Sr. Presidente: — Está terminada a discussão do orçamento do Ministério das