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Sessão de 12 de Julho de 1923
midor, bem estava, mas não se dá isso, como V. Ex.ªs sabem.
Apoiados.
Pregunto, por consequência, ao Govêrno se conhece êstes factos, se sabe o que se passa nas regiões agrícolas e se cruza os braços perante isso. O Sr. Presidente do Ministério, a quem tudo o que diz respeito à economia da nação deve interessar, alguma cousa tem que dizer, a êste respeito.
Apoiados.
O orador não reviu.
O Sr. Presidente do Ministério e Ministro do Interior (António Maria da Silva): — O Sr. Alberto Jordão versou dois assuntos: um relativo ao Sr. Ministro da Agricultura, o outro ao Sr. Ministro das Finanças.
Transmitirei aos meus colegas as observações de V. Ex.ª, que têm todo o valor.
Não nos pode desinteressar a lavoura; estou certo que na próxima sessão dirão os respectivos Ministros a S. Ex.ª o que se lhes oferecer sôbre o assunto.
O Sr. Alberto Jordão: — E V. Ex.ª empregará todos os esfôrços para que o que é necessário se não faça esperar.
O Orador: — Exactamente.
O Sn Presidente: — É a hora de passar-se à ordem do dia.
Tem a palavra o Sr. António Maia para um requerimento.
Pôsto à votação é rejeitado,
O Sr. António Maia: — Requeiro a contraprova.
Feita a contraprova é aprovado,
ORDEM DO DIA
O Sr. Presidente: — Vai continuar a discussão da interpelação do Sr. Cunha Leal ao Govêrno.
Tem a palavra o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros.
O Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros (Domingos Pereira): — É forçado a entrar neste debate, embora quando se anunciou a interpelação, êle, orador, supusesse que não seria obrigado a entrar nele.
Todavia, no discurso do Sr. Cunha Leal sôbre política geral do Govêrno, o ilustre leader nacionalista dedicou uma grande parte dêle à análise e crítica da política externa do Govêrno.
Quando não fôsse pela razão única da consideração que lhe merece pessoal e politicamente o ilustre Deputado interpelante, as observações e crítica feitas por S. Ex.ª a política externa obrigá-lo-iam a intervir no debate.
E, quando não fôsse o discurso do Sr. Cunha Leal, o discurso pronunciado também pelo ilustre Deputado monárquico Sr. Aires de Ornelas impor-lhe-ia também a obrigação de fazer algumas considerações que, está certo, vão esclarecer e tranquilizar o espírito dos Srs. Deputados.
Sôbre êsse ponto, aliás já respondido pelo Sr. Presidente do Ministério, e duma maneira que deve ter tranquilizado o espírito, porventura alarmado, dos Srs. Deputados, alguma cousa êle, orador, tem que dizer por ser o responsável mais directo pela política externa.
Sente-se obrigado por isso a dar esclarecimentos mais precisos a S. Ex.ª
Compreende os ataques formulados pelo Sr. Cunha Leal e pelo Sr. Aires de Ornelas.
Não são S. Ex.ªs correligionários do Govêrno, não fazem parte da maioria que apoia o Govêrno, e por consequência não era de esperar que proferissem discursos de aplauso e concordância com o Govêrno.
Mas supõe que os seus discursos foram um, pouco mais além do que deveriam ir, no calor do ataque que entenderam dirigir ao Govêrno.
Foram um pouco longe, sobretudo no que diz respeito à política externa.
O Sr. Cunha Leal, principalmente, que é um eminente republicano, que tem uma alta categoria mental, que publicamente lhe é reconhecida, que tem a qualidade de ter sido Ministro da República e Presidente de Ministério, o Sr. Cunha Leal se quisesse teria encontrado alguma cousa na política externa dêste Govêrno que lhe mereceria aplauso, se não incondicional, pelo menos lhe mereceria alguma benevolência.
Condenou, porém, absolutamente a política externa. E êle, orador, ao escutar