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Sessão de 1 de Agosto de 1923
que não me importava nada a sua conservação.
Mantenho hoje como então, em nome do meu Partido, o mesmo critério.
Disso o Sr. Presidente do Ministério que a simples aprovação duma moção de confiança, o creio que S. Ex.ª está garantido com essa aprovação, visto que estamos aqui pacientemente à ospera que a maioria se tenha reünido em número suficiente para lhe dar grande votação, declarou S. Ex.ª, repito, que a simples votação duma moção de confiança não resolve o problema.
E, é agora, a três ou quatro dias de fechar o Parlamento, que declara que todo um mundo do propostas lhe é necessário para poder viver, isto naturalmente como complemento das declarações do Sr. Ministro das Finanças à imprensa e das cominatórias declarações do Sr. Velhinho Correia, que apontou a saída de S. Ex.ª do Ministério como condenação da obra do Parlamento.
Em nome da minoria nacionalista, eu quero repelir as acusações que se possam fazer de não colaboração com o Poder Executivo.
Temos estado constantemente discutindo as propostas governamentais, procurando aperfeiçoá-las.
Sabíamos que se ia votar um acto de ruína quando se nos propôs o empréstimo, e em todo o caso discutimos e procurámos aperfeiçoar a respectiva proposta de lei, embora a rejeitássemos na generalidade.
Apoiados.
Mas o Sr. Ministro das Finanças faliu tristemente na sua política financeira. As medidas que nós possamos agora votar a S. Ex.ª não são um complemento da política do empréstismo, porque S. Ex.ª faliu na sua política.
Não apoiados da maioria e apoiados da oposição.
Tenha a certeza o Sr. Ministro das Finanças que lhe diz isto um amigo, que só desejaria que ao contrário das suas presunções a política de S. Ex.ª tivesse bons resultados.
É que S. Ex.ª está reconhecendo nesta hora a falência da sua política no empréstimo, é que quere mascarar esta dizendo que ela é devida à falta do aprovação de outras medidas.
O mesmo diz o Sr. Velhinho Correia na imprensa, mas por outras palavras.
É necessário votar mais propostas? Estamos de acôrdo com isso, mas nós estamos cansados de trabalhar o assistir ao jôgo de porta da maioria, quer prolongando as discussões para arranjar número para nos esmagar, quer aguardando número suficiente para as sessões poderem funcionar.
Mas se a maioria quero dar assistência ao Govêrno, que lha dê, é o seu dever, nós havemos de discutir todas as medidas que nos forem presentes com toda a cautela e cuidado, sem preocupação de tempo, porque melhor é para a Nação, fazer-se isso, do que votar-se propostas, como o empréstimo, em discussões apressadas, que dão sempre maus resultados.
O que não queremos fazer é um simulacro de discussão em propostas importantes, coma a dos trigos, a dos tabacos e a do registo.
Apoiados.
Se a maioria quiser, ao contrário da minoria nacionalista, que entende que devemos ter antes férias curtas, mas fecharmos já os trabalhos, para depois apreciarmos, como devem ser as propostas do Govêrno, só a maioria quiser votar agora uma prorrogação de trabalhos, que a vote, mas com a sua assistência e os seus votos.
Se a Câmara quere fazer trabalho útil, acaba com aquele vergonhoso estendal, que constitui a ordem do dia.
Disse.
O orador não reviu.
O Sr. Presidente do Ministério, Ministro do Interior e interino da Guerra (António Maria da Silva): — Não voltaria a usar da palavra se não fossem as explicações do Sr. Cunha Leal.
Acostumei-me na vida política a deminuir-me com vantagem para os altos interêsses da Nação, porque esta é que deve ser a única preocupação de todos os homens públicos.
Eu julgo sempre deminuído o Parlamento quando êle não dá solução aos problemas que se lhe apresentam.
Discutir um assunto com rapidez não significa que se discuta mal, porque as leis não são melhores pelo facto de terem muitos artigos.