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Sessão de 20 de Novembro de 1923
Por igual, Sr. Presidente, eu mio posso deixar de salientar a colaboração dos seus colegas no Gabinete, como a do Sr. Domingos Pereira, que é incontestavelmente uma figura de relêvo e que igualmente prestou ao País relevantes serviços.
Devo também salientar, Sr. Presidente, o nome do Sr. Rodrigues Gaspar, que na pasta das Colónias revelou o seu talento e a sua honestidade.
Apoiados.
Por egual, Sr. Presidente, ficaria mal com a minha própria consciência se não me referisse também ao Sr. Joaquim Ribeiro que na pasta da Agricultura prestou igualmente relevantíssimos, serviços ao País, como por exemplo, o de ter acabado com o pão político.
Não posso também, Sr. Presidente, deixar de me referir aos dois Ministros independentes, Srs. Abranches Ferrão e Rocha Saraiva, que se mais não fizeram foi porque as circunstâncias o não permitiram.
Feita assim a devida justiça a todos aqueles que fizeram parte do Govêrno transacto, justo é, Sr. Presidente, que alguma cousa eu diga relativamente ao Govêrno actual da presidência do Sr. Ginestal Machado.
O Sr. Ginestal Machado, Sr. Presidente, aceitou as responsabilidades do Poder por circunstâncias muito especiais da política portuguesa.
O Sr. Ginestal Machado, Sr. Presidente, entendeu que não podia no momento em que era chamado a constituir Govêrno, deixar de aceitar êsse encargo, que se o honrou, não deixou, no emtanto, de lhe impor uma responsabilidade tremenda, e oxalá, Sr. Presidente, que os seus actos possam corresponder às aspirações de todos nós.
Sr. Presidente: a situação é realmente gravíssima e necessário é que os actos dos homens correspondam às palavras e assim, sendo o Govêrno do Sr. Ginestal Machado constituído por homens experimentados, êle dá-nos a certeza absoluta de que, se não puderem arcar com as responsabilidades tremendas, será o primeiro a sair daquelas cadeiras.
Declarou, Sr. Presidente, o Sr. José Domingues dos Santos, leader do Partido Republicano Português, que o sou partido se conservará na expectativa. Nem outra podia ser a atitude do Partido Republicano Português, e é, essa aliás a situação de nós todos, convencidos, no emtanto, como estamos, de que os seus actos hão-de corresponder às suas palavras.
O País, Sr. Presidente, está cansado de ver que até hoje se não tem feito uma obra profícua e assim empenhados estamos todos nós em que a situação se modifique.
O Sr. Ginestal Machado é de facto uma figura de relevo adentro desta casa do Parlamento e cuja competência, inteligência o honestidade ninguém poderá negar.
Junto dêle encontram-se amigos meus que muito prezo, e entre outros saliento o Ministro das Finanças, Sr. Cunha Leal.
S. Ex.ª assumiu, neste momento grave da nacionalidade, a tremenda responsabilidade do sobraçar a pasta das Finanças.
S. Ex.ª, que tem um talento privilegiado, que discutiu nesta Câmara, com a proficiência que todos lhe conhecem, os assuntos de finanças nas suas mais pequenas minúcias, encontrou-se com a coragem para arcar com a responsabilidade de sobraçar a pasta das Finanças.
Ora a Câmara e o País conhecem-no bem para saberem que, se, de facto, os elementos não lhe faltarem é capaz de dar conta do seu recado, e oxalá que o faça no mais curto espaço de tempo, porque isso bem preciso é para todos nós que constituímos a família portuguesa.
Apoiados.
Na pasta das Colónias, encontra-se por igual um colega nosso na Câmara, o Sr. Vicente Ferreira, cujo nome também me permito salientar.
S. Ex.ª, realmente, sobraça uma das pastas que neste momento, como, aliás, muito bem diz a declaração ministerial, precisa de ser olhada com aquele cuidado, interesso e carinho necessários para que as colónias produzam e se desenvolvam, mas não atrofiando e aniquilando a metrópole.
Êste é o problema e tem de ser o critério, e o Sr. Vicente Ferreira, que pràticamente conhece as colónias, com certeza que há-de olhar com carinho, interêsse e dedicação para o nosso problema colonial, a fim de que êle ràpidamente possa ser para a metrópole aquilo que de há longos anos é uma aspiração.
É claro que saliento estas três figuras