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Sessão de 26 e 27 de Novembro de 1923
acção vai limitar-se à compressão do despesas enganam-se.
Aqueles a que hoje desagrado é possível que amanhã agrado.
O Sr. Fausto de Figueiredo teve razão quando, sendo justo para como Govêrno, afirmou que achava melhor que fôsse retirada a proposta do Sr. António Fonseca.
Eu não posso deixar de aplaudir as palavras patrióticas do Sr. Fausto do Figueiredo, palavras que lho foram determinadas poios seus bons desejos do servir o País.
O Govêrno não pretende lançar culpas sôbre o Parlamento; o que afirma é que não tem responsabilidades na situação criada, pois que ainda há poucos dias terminou a sua apresentação no Senado e tem estado em condições de nada poder fazer.
Assim, suponho que o Parlamento está completamente esclarecido sôbre as intenções do Govêrno, e o Sr. Ministro dos Estrangeiros poderá acrescentar qualquer detalhe sôbre a questão.
O Parlamento vai com certeza votar com a convicção de bem servir o País.
Não peço o apoio ao Parlamento, nem faço qualquer cousa que signifique mendigar um voto.
Deixamos a resolução da situação ao Parlamento; e êle resolverá em sua consciência.
Se a sua resolução mal servir o País, não é nossa a culpa.
Fique a cada um a responsabilidade que lhe cabe.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Vasco Borges (sôbre o modo de votar): — Sr. Presidente: não estou nem podia estar de acôrdo com a afirmação que há pouco fez o meu colega Sr. Jaime de Sousa, pois que esta questão não tem aquele ambiente de gravidade que pretende atribuir-se-lhe, embora tenha muita importância e careça de ser judiciosamente ponderada por parto do Parlamento.
Não obstante as afirmações já produzidas nesta Câmara, eu não posso compreender que o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros possa ter, em nónio de Portugal e em faço da Alemanha, outra atitude o outra política que não sejam de protesto violento e veemente contra a Alemanha.
Assim, Sr. Presidente, eu não posso deixar de classificar de favor a atitude que se pretende tomar.
Não acho justo, pois, que o Parlamento vá antecipadamente tomar uma resolução sôbre um assunto que a meu ver deve ser devidamente ponderado pelo Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros.
Nestas condições, Sr. Presidente, eu declaro francamente que não posso compreender nesta hora a votação da proposta do Sr. António Fonseca, por isso que ela pode ir até certo ponto prejudicar o bom andamento das negociações por parte do Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros, prejudicando-se assim os nossos direitos, que devem ser os de levar a Alemanha a entregar-nos aquilo que nos deve.
De resto, Sr. Presidente, a proposta do Sr. António Fonseca não pode a meu ver ser votada pelo Parlamento, pois a verdade 6 que ela pode colocar a Câmara em situação de não poder assumir semelhante responsabilidade, visto ela vir desacompanhada de todos os elementos indispensáveis.
A Câmara, Sr. Presidente, a meu ver, desta forma não tem autoridade para se poder pronunciar abertamente sôbre o assunto que é bastante delicado e deve ser ponderado devidamente.
É esta na verdade, Sr. Presidente, uma questão melindrosa que não é fácil resolver sem ser ponderada devidamente.
Pela proposta do Sr. António Fonseca, Sr. Presidente, pretende-se aumentar a circulação fiduciária em 40:000 contos para pagar o material encomendado à Alemanha e que ela nos tem de entregar; porém, ao fazer-se êsse cálculo dos 40:000 contos apenas se teve em vista aquele material que o Estado tem a receber, como sejam os fornecimentos a fazer aos Caminhos de Ferro do Estado e à Administração dos Correios e Telégrafos, ficando de fora todo o restante material destinado a particulares.
Eu, Sr. Presidente, devo dizer em abono da verdade que não acho justo êste critério, e digo que não é justo com tanta mais razão quanto é certo que se fala apenas nos materiais a fornecer aos Caminhos de Ferro do Estado e à Adminis-