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Diário da Câmara dos Deputados
interessar o conhecimento dela. Nada mais tinha a fazer.
O prazo marcado pelo Govêrno alemão para Portugal responder se de facto aceita a resolução por êle tomada, na parte que nos diz respeito, terminava daí a três semanas, prazo que começou a ser contado no dia 8, terminando portanto no dia 29 dêste mês.
Ora o Govêrno a que eu pretendia pediu a demissão no dia 29 do mês passado; quere dizer, portanto, que eu pelo facto de estar demissionário não podia vir à Câmara pôr a questão. E, mesmo que não estivesse demissionário, não havia razão para o fazer apressadamente, porque tinha um prazo largo diante de mim. Não tinha nada que vir aqui na situação de demissionário apresentar uma proposta a fim de arrancar à Câmara uma resolução sôbre qualquer assunto; a não per que se tratasse de qualquer assunto que não pudesse sofrer qualquer demora.
Como a Câmara viu ainda hoje não foi nem o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros nem o Govêrno que trouxe qualquer proposta no sentido de ser adoptada pelo Parlamento uma resolução.
Como podia então exigir-se, como é que alguns Srs. Deputados em àparte fizeram reparo de que foi o Ministro dos Negócios Estrangeiros do último Govêrno quem descurou o assunto?
Desafio quem quer que seja a demonstrar que eu devia ter procedido de modo contrário àquele que adoptei.
E se as minhas palavras não bastam para fazer calar quem quer que a êste respeito queira fazer uma estreita política partidária, invoco as palavras proferidas pelo Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros que além de serem umas palavras cheias de verdade e de patriotismo, há ainda o facto a considerar de serem pronunciadas por um homem que tem a responsabilidade de sobraçar a pasta dos Estrangeiros.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Presidente: — Como há pouco foi pedida autorização para no decorrer da sessão reunir a comissão de finanças, vou consultar a Câmara a êsse respeito.
Consultada a Câmara, resolveu afirmativamente.
O Sr. Presidente: — Como há ainda três oradores inscritos e a hora vai adiantada interrompo a sessão para prosseguir amanhã, às 14 horas.
Está encerrada a sessão.
Eram 1 horas e 15 minutos.
Documentos enviados para a Mesa durante esta parte da sessão
Última redacção
Do projecto de lei n.º 480, que regula o pagamento dos débitos dos empréstimos contraídos pelas câmaras municipais no Companhia Geral do Crédito Predial Português.
Dispensada a leitura da última redacção.
Remeta-se ao Senado.
SEGUNDA PARTE
O Sr. Presidente: — Está reaberta a sessão.
Eram 15 horas e 20 minutos do dia 27.
O Sr. António Maia (para explicações): — Sr. Presidente: quando ontem o Sr. Vasco Borges falava sôbre o artigo novo mandado para a Mesa pelo ilustre Deputado Sr. António Fonseca, eu fui daqueles Deputados que, não em voz baixa, mas em voz alta, fizeram um àparte.
Nesse àparte disse eu que a atitude do Sr. Ministro dos Estrangeiros devia ter sido assumida exactamente na ocasião em que tinha sido recebida a nota.
Sr. Presidente: eu sou absolutamente amigo da verdade e procuro ser sempre justo.
Proferi umas palavras que reputo injustas, e daí a razão por que pedi a palavra.
Quando fiz o àparte, desconhecia inteiramente que o Sr. Domingos Pereira tinha feito êsse telegrama de protesto.
Nestas condições, eu, que costumo ser sempre justo, e não desejo de maneira nenhuma que os outros procedam para comigo de forma diferente daquela por que procedo para com êles, tenho que fazer esta rectificação e declarar que fui injusto nas palavras que proferi.
Tenho dito.
O orador não reviu.