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Diário da Câmara dos Deputados
É um caso a resolver depois com o Parlamento.
Eis a resposta que eu devia à muita consideração que me merece o Sr. Domingos Pereira.
Repito: S. Ex.ª nem por actos seus nem por possíveis operações prejudicou de qualquer maneira o País ou o estado da questão.
S. Ex.ª procedeu conforme a sua dignidade patriótica, e procedeu bem.
Tenho dito.
O discurso será publicado na íntegra, revisto pelo orador, guando, nestas condições, restituir as notas taquigráfícas que lhe foram enviadas.
O Sr. António Maia (para explicações): — Sr. Presidente: fui acusado de ter sido um dos Deputados que fizeram àpartes ao discurso do Sr. Vasco Borges.
Não tive o prazer do estar presente nessa ocasião.
Quando ma referi a êsse telegrama que o Sr. Domigos Pereira teria mandado não disse se o podia ou não fazer.
Tirei uma conclusão errada e injusta absolutamente; e por isso não posso deixar de aproveitar esta ocasião para dizer que considero absolutamente injusto o que disse.
Creio que cumpro o dever que impus a mim mesmo de ser leal, declarando que S. Ex.ª me merece toda a consideração.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Domingos Pereira: — Sr. Presidente: agradeço ao Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros a consideração da sua resposta; e declaro que se eu continuasse nessa pasta não procederia de modo diferente. Apenas não concordo com a demora da apresentação do protesto.
O texto do protesto foi mandado comunicar às legações de Paris, Londres, Bruxelas, Roma etc., pois que êsse protesto não podia deixar de ser conhecido dêsses países, como dele teve conhecimento o nosso Parlamento.
Àpartes.
Neste ponto devo agradecer ao Sr. António Maria da Silva a lealdade da sua declaração.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Plínio Silva: — Sr. Presidente: apraz-me manifestar ao Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros a alta consideração que me merece.
Tive ocasião de trabalhar com S. Ex.ª num assunto relativo aos mais altos interêsses nacionais. S. Ex.ª dedicou a êsse assunto a maior paixão; e, desde então, comecei a ter por S. Ex.ª não só a maior admiração mas até a maior amizade.
Eu tive ocasião, na apresentação do Ministério, de apresentar uma moção que alguns colegas meus receberam quási ironicamente.
Eu não tenho pretensões de ser um parlamentar emérito; mas há quatro anos que tenho a honra de ter assento nesta Câmara, e já alguma prática devo ter, para não praticar um acto imprudente de apresentar uma moção que não tivesse os intuitos que eu tinha.
Àpartes.
Ainda bem que o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros defendeu o seu ponto de vista, de modo a satisfazer todos, a respeito dessa delicada questão das reparações, apesar de ser chamado à pressa e não poder apresentar à Câmara os documentos necessários.
Àpartes.
Parece-me que o Sr. António da Fonseca não tem razão nas suas observações.
A primeira cousa era ver quais as obrigações que tínhamos a satisfazer, e depois, segundo o meu modo de ver, alcançar os meios de fazer os pagamentos.
Isto é o que eu disse que entendia que se devia fazer; mas disse que não punha em dúvida o patriotismo do Govêrno, composto de pessoas por quem tinha a maior admiração, tendo havido até quem preguntasse se Portugal teria a pretensão de declarar guerra a Alemanha.
Parece me que essas palavras não se deviam dizer nesta Câmara.
Ainda que Portugal seja um país pequeno, tem sempre manifestado atitudes dignas, e tem sempre feito sacrifícios para que a sua honra seja mantida.
Eu não exigi que o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros apresentasse a solução do problema, que é máximo.
Não se trata de exigir já a entrega de todo o material, locomotivas, vagões, etc.
Entendo que o Govêrno deveria orien-