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Sessão de 29 de Novembro de 1923
tar as suas démarches no sentido de Portugal receber já o material até ao montante dos cheques aos credores.
Não sei se o Ministro dos Negócios Estrangeiros, está compreendendo o que eu digo.
O Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros (Júlio Dantas): — Os fornecedores são muitos; se fôsse um só era fácil de resolver.
O Orador: — Nós temos que receber em conjunto 600 vagões, 200 carruagens e 80 locomotivas. Ora eu pregunto a V. Ex.ª se não será melhor receber o material relativo à importância de 85:000 contos e continuar as démarches para depois se receber o resto.
Eu sei muitíssimo bem que há material construído no Rhur e outro em território alemão.
Aproveito a oportunidade para dizer que muito material veio incompleto, tendo até havido reparos por terem vindo vagões sem rodas; entretanto eu digo que foi uma felicidade ter vindo êsse material.
Eu pregunto ao Sr. Ministro dos Estrangeiros se não é aceitável o meu alvitre.
Aproveito a ocasião para dizer que na possibilidade de termos do adquirir material em outras nações, se devia proferir a Bélgica, porque, como disse o Sr. Fausto de Figueiredo, êsse material é mais barato 20 por cento.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros (Júlio Dantas): — Sr. Presidente: desejo, antes de tudo, agradecer ao ilustre Deputado as palavras tam eloquentes e carinhosas que me dirigiu, e que representam apenas uma delicadeza de S. Ex.ª
Quando falei acêrca das reparações, nesta Câmara, tive. ocasião de dizer que só faria declarações que fôsse conveniente fazer.
Aos Ministros dos Negócios Estrangeiros impõe-se uma determinada reserva, e o ilustre Deputado sabe isso perfeitamente.
Eu não posso dizer aqui por emquanto aquilo que considero a melhor solução, e
peço me não obriguem a dizer mais, aqui na Câmara.
A solução de S. Ex.ª pode ser boa. Pensei nela, e foi a primeira que me apareceu ao espírito.
Mas devo dizer que há mais fornecedores. Se fôsse um só o se o Govêrno tivesse entrado com determinada importância, teríamos pago até o montante dos contratos pagos pela Alemanha.
Mas as encomendas foram feitas a fornecedores diversos, e o maquinismo ainda nem está todo acabado.
A outra solução permitam-me não a declarar aqui.
Mas V. Ex.ª sabe que há uma cousa que se chama compensação, e também a verba que porventura tenhamos de dar pode ser compensada por outra.
Temos muitas maneiras do resolver o assunto; mas não o devo dizer, porque a reserva se impõe neste assunto.
Apoiados.
O orador não reviu.
O Sr. Presidente: — O Sr. Fausto de Figueiredo pediu a palavra porque deseja tratar, em negócio urgente, do afastamento do director dos Caminhos de Ferro do Sul e Sueste, isto sem prejuízo, porém, das interpelações dos Srs. Paiva Gomes e Velhinho Correia.
Os Srs. Deputados que autorizam têm a bondade de levantar-se.
Foi autorizado.
Foi lida na Mesa a nota de interpelação do Sr. Pires Monteiro.
É a seguinte:
Nota de interpelação
Nos termos regimentais, desejo interpelar o Sr. Ministro da Guerra sôbre a urgente necessidade de remodelar o exército, assegurando a sua melhor eficiência, atendendo às condições económicas o às circunstâncias financeiras, e referindo-nos especialmente à instrução das tropas e preparação conveniente dos quadros.
Sala das Sessões, 29 de Novembro de 1923. — O Deputado, Henrique Pires Monteiro.
O Sr. Paiva Gomes: — O orador começa lembrando à Câmara que esta interpelação fora anunciada há largos meses