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Sessão de 5 e 6 de Dezembro de 1923
de Outubro de 1919, nos seguintes termos:
Leu.
Era tal o interêsse que o Sr. Rêgo Chaves tinha em pôr um dique ao câmbio, que mandava publicar nos jornais a nota seguinte:
Leu.
Esta nota está apensa ao processo e o Sr. Rêgo Chaves procedeu assim para que o câmbio se nRo agravasse; mas S. Ex.ª verificou em pouco tempo que não seria essa a única, forma do pôr um travão à marcha do câmbio e S. Ex.ª fez depois aquela aliança a que ontem se referiu.
E, Sr. Presidente: a razão por que assim procedeu o ilustre Deputado Sr. Rêgo Chaves já eu a disse à Câmara, sendo no emtanto bom dizê-lo mais uma vez, isto é, S. Ex.ª entendeu que com o acôrdo de algumas entidades bancárias da praça poderia, na verdade, de alguma forma evitar que a especulação se fizesse.
Foi isto o que S. Ex.ª disse e todos aqueles que têm memória se deverão recordar do facto.
Eu não quero, Sr. Presidente, dizer neste momento que o Sr. Rêgo Chaves como Ministro das Finanças se tenha enganado nos seus cálculos; porém, o que é um facto é que êles não deram os resultados desejados.
O Ministro, Sr. Presidente, no meu modo de ver, não tem que procurar elementos de informação, se bem que eu tenha a certeza absoluta, como a Câmara a terá também, de que o Sr. Rêgo Chaves procedeu com toda a sinceridade e com todo o patriotismo.
S. Ex.ª conversou com alguns directores de casas bancárias e Bancos, segundo disse, com o intuito de que a especulação se não fizesse; porém, o facto não deu os resultados desejados.
S. Ex.ª pretendeu criar tinia situação de aliados, segundo disse, chegando até a citar a casa Torlades; porém, a casa Torladas não foi um dos aliados do. Sr. Ministro das Finanças em 1919, isto conforme se verifica por uma carta, a propósito da operação, que se encontra junta ao processo.
Na verdade, a casa Torlades entende que a sua missão não é a de fazer negócios bancários, e, em relação a câmbios, diz que tratava apenas de adquirir as cambiais necessárias para a sua vida comercial.
Portanto, ela não estava na situação de aliada que o Sr. Rêgo Chaves referiu ontem. E ainda bem que não estava, ainda bem que V. Ex.ªs sabem que a casa Torlades, sendo uma sociedade anónima por cotas e com responsabilidade limitada, e não tendo de facto a situação de casa bancária, não poderia ser chamada por S. Ex.ª para aquela conferência confidencial e diplomática que levasse S. Ex.ª a considerá-la como aliada.
Ainda bem que o Sr. Ministro das Finanças do então assim procedeu, porque, se há casas bancárias neste país que dalgum modo têm contribuído para que algumas cousas interessantes se façam, há outras que têm exercido na vida da nação influências absolutamente nefastas.
Apoiadas.
E eu não conheço nada, da casa em questão, a não ser que ela não foi senão uma beneficiada do célebre contrato Furness, pelo qual algumas centenas de contos entraram nos seus cofres, e tem feito fornecimentos de trigo ao Estado, bem como contratos relativos a tabacos, etc. Portanto, nada nela justificava a aliança que S. Ex.ª disse que teve com algumas entidades.
Mas essa casa veio pedir então ao Sr. Ministro das Finanças 100:000 libras em condições iguais às dos mais Bancos. S. Ex.ª deferiu, e deferiu, a meu ver, muito bem, porquanto se o não tivesse feito certamente não atingia, pelo menos em parte, aquele seu objectivo; é que S. Ex.ª não tinha nesse momento maneira de travar a marcha do câmbio, e S. Ex.ª queria por todos os modos demonstrar ao país o à praça que as necessidades do Estado não se compadeciam de maneira nenhuma com essa marcha descendente do câmbio.
Sr. Presidente: se falo, por excepção, em casas, não quero com isto dizer que me mova simpatia dê ordem pessoal por nenhuma das partes em questão. Falo porque é preciso que todos nós digamos a verdade toda, interpretando o sentir do Sr. Rêgo Chaves e avaliando da sinceridade do seu pensamento.
Sr. Presidente: o Sr. Rêgo Chaves disse ontem à Câmara que não fez mais em