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10 Diário da Câmara dos Deputados

As declarações que há pouco fiz não podem significar que da minha parte há o desejo de fazer com que á proposta sôbre os Transportes Marítimos do Estado seja discutida de afogadilho.

O que eu sustentei o sustento ainda é que se essa discussão se tem de fazer com preterição de outros assuntos, ou seja com prejuízo dos projectos marcados para antes da ordem do dia, muitos dos quais de somenos importância, e nunca com prejuízo das propostas inscritas na ordem do dia, entre as quais se encontra, em primeiro lugar, a proposta do sêlo, do mais alto valor para os interêsses do Estado.

Isto foi o que eu disse. Todavia o Sr. Cancela de Abreu pode tirar as conclusões que entender.

Tenho dito.

O orador não reviu.

É aprovado o requerimento do Sr. Jaime de Sousa.

O Sr. Paulo Cancela de Abreu: - Requeiro a contraprova.

É aprovado.

O Sr. Presidente: — O Sr. Alberto Jordão deseja tratar em negócio urgente da situação em que ficaram,- os estabelecimentos do ensino secundário em virtude da publicação do decreto n.° 9:355. É rejeitado o negócio urgente.

O Sr. Alberto Jordão: — Requeiro a contraprova.

É novamente rejeitado em contraprova.

O Sr. Alberto Jordão: — Depois de ter requerido a contraprova, um Sr. Deputando junto de mim afirmou que não votava o negócio urgente porque não estava para brincadeiras.

Devo dizer a S. Exa. e a toda a Câmara que eu não venho para aqui brincar. Na minha qualidade de professor de liceu, tenho o direito de reclamar providências tendentes â impedir a desorganização dos serviços.

Conheço repartições onde não existe um único empregado e que não foram suprimidas.

Nestas condições, trata-se duma brincadeira?

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: — O Sr. Cunha Leal: deseja tratar, em negócio urgente, das declarações dos jornais A Capital e O Século sôbre a intervenção do exército e dó Govêrno transacto em quaisquer movimentos militares revolucionários.

O Sr. Cunha Leal (sobre o modo de votar): — Eu não pedi ontem a palavra sôbre o assunto do que agora desejo ocupar-me em negócio urgente por não saber ao certo se o Sr. Ginestal Machado, que se achava impossibilitado de comparecer na Câmara, segundo telegrama que havia recebido de S. Exa., comparecia ou não nessa sessão.

A S. Exa. que não a mim competia levantar as afirmações caluniosas feitas sôbre a acção do Govêrno transacto.

Entendo, porém, que essas explicações não podem protelar-se e, por isso, julgo do meu dever, como Ministro que fui dês-se Govêrno, pôr termo a uma cabala movida contra êsse Govêrno e contra certos elementos que têm estado sempre ao lado da ordem contra a desordem.

Aos membros dêsse Govêrno compete levantar bem alto o nome das unidades militares que souberam cumprir o seu dever.

O orador não reviu.

É rejeitado o negócio urgente do Sr. Cunha Leal.

O Sr. Moura Pinto: — Requeiro á contraprova.

Feita a contraprova é novamente rejeitado.

O Sr. Cunha Leal (para explicações): — Eu creio bem que a Câmara não reflectiu na sua atitude.

Vozes: — Não apoiado! Apoiado!

Sussurro.

O Sr. Presidente: — Peço a V. Exa. que só não esqueça, de que pediu a palavra para explicações.

O Orador: — V. Exa. faz como a maioria protesta antes, de me ouvir.

O Sr. Presidente: — Eu não protestei; fiz uma recomendação.