O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

Sessão de 16 de Janeiro de 1924 13

palavras. Não fiz afirmação nenhuma. A Câmara toda ouviu as minhas palavras; e S. Exa. Sr. Lelo Portela, por quem tenho a maior consideração, não tem o direito de fazer mistificações com as minhas palavras.

S. Exa. é pessoa de categoria moral, que sempre tenho considerado, e quero continuar a considerar, e as,sim não deve, embora por política, alterar o que eu aqui disse.

Referi-me, apenas, a frases que encontrei, na Capital, porque era sôbre elas que o Sr. Cunha Leal tinha querido falar.

Apoiados.

O orador não reviu.

O Sr. Lelo Portela: — O Sr. Agatão Lança, trazendo para a Câmara as afirmações feitas num jornal de Lisboa, A Capital, trouxe, evidentemente, para o Parlamento a mesma questão que é posta nesse jornal.

Quere dizer: o Parlamento tem obrigação, tem o dever de saber o que há de verdade a êste respeito.

Repetindo aqui na Câmara, S. Exa. que me atribui intenção política, as palavras de A Capital, é que transplantou a questão do campo da imprensa para o do Parlamento. (

Apoiados.

O orador não reviu.

É rejeitado o requerimento do Sr. Lelo Portela.

Uma voz: — Estamos scientes.

O Sr. Carlos Pereira: — Estamos, estamos.

O Sr. Almeida Ribeiro: — Pedi a palavra para dizer à Câmara o a V. Exa. que os parlamentares que tem assento neste lado da Câmara não quiseram fazer agravo nenhum ao Sr. Cunha Leal, por quem tenho a consideração que êle merece.

Não quisemos votar a urgência para que se aproveitasse o período marcado para os trabalhos na ordem do dia, que são absolutamente inadiáveis e não podem ser preteridos sem grave prejuízo para o País.

Nesta Câmara, disse S. Exa., se têm

versado assuntos como aquele que S. Exa. deseja versar.

Mas êsses assuntos não prejudicaram os problemas da ordem do dia. Não prejudicam os trabalhos normais.

O orador não reviu.

O Sr. António Maia: — Sr. Presidente: um dia nesta Câmara o Sr. Aníbal Lúcio de Azevedo foi acusado na imprensa de negociatas por causa dos discos para a Casa da Moeda, e veio a esta Câmara tratar do assunto.

Àpartes.

Agitação.

O Sr. Aníbal Lúcio de Azevedo com as suas explicações preteriu todos os trabalhos da Câmara, mas fê-lo com consentimento da maioria, e, quando digo maio-aia, não me refiro à maioria democrática, mas a todos os Deputados que estavam presentes; e não se pode dizer, no emtanto, que o assunto que quis tratar, e tratou, o Sr. Aníbal Lúcio de Azevedo, e que fora tratado na imprensa, fôsse um assunto político.

O assunto que quero tratar o Sr. Cunha Leal é um assunto político, e esta Câmara é política.

Apoiados.

Não me ligam ao Sr. Cunha Leal laços políticos; sou independente, e em alguns casos tenho estado em desacordo com S. Exa., mas sou coerente no meu modo de pensar, e por isso desejo que se faça para o Sr. Cunha Leal o que se fez para o Sr. Aníbal Lúcio de Azevedo.

Creio pois que a Câmara poderá reflectir e permitirá que o Sr. Cunha Leal diga da sua justiça.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Pedro Pita: — Sr. Presidente: só tomo à Câmara dois minutos.

Se a doença não lhe proibisse, seria o Sr. Ginestal Machado quem viria a esta Câmara tratar do assunto que se tem discutido.

No decorrer da discussão, embora não o perfilhando, o Sr. Agatão Lança repetiu nesta Câmara o que se escreveu no jornal A Capital a propósito de um oficial.

Posso afirmar que essa notícia é mentirosa, e afirmo-o pela minha honra.