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14 Diário da Câmara dos Deputados

Ninguém, consentiria que qualquer militar, por mais prestigioso que êle fôsse, praticasse semelhante acção.

Era isto que queria dizer à Câmara.

Tenho dito.

O orador não reviu.

Apartes.

O Sr. Francisco Cruz: — Isto é uma exploração reles e com prazer de muitos políticos.

Apartes.

O orador não reviu.

O Sr. Jorge Nunes: — Sr. Presidente: não tive conhecimento do facto que deu origem a esta questão, porque não tenho o prazer de ler essas gazetas em que se publicam tais calúnias sem haver a coragem de pôr o nome por debaixo dêsses artigos.

Pedi a palavra porque um membro desta Câmara, por quem tenho a maior consideração, me apontou como incoerente por ter votado o requerimento do Sr. Cunha Leal e não ter votado o requerimento do Sr. Aníbal Lúcio de Azevedo.

Apartes.

Não houve incoerência da minha parte.

O Sr. Aníbal Lúcio de Azevedo foi acusado nos jornais de actos de carácter pessoal, e entendi que não era nesta Câmara que o delito devia ser apreciado.

Apoiados.

Neste momento, a questão é diferente.

Apoiados.

Trata-se de um ataque a certos políticos, ataque que reveste uma certa gravidade.

Há uma violenta campanha feita em jornais, em que se afirmam mentiras.

Apoiados.

Apartes.

Depois de vermos como a imprensa iludida tem procedido, parece-me que o facto deve ser esclarecido, não para que conste dos mais parlamentares, mas para que as galerias vejam que se tratava de uma bola de neve.

O orador não reviu.

O Sr. João Camoesas: — Sr. Presidente: considerar-me-ia estranho ao debate, apesar de ter ouvido palavras que não são adequadas à maneira de funcionar esta

casa do Parlamento, se não fôsse uma afirmação que foi feita pelo Sr. Francisco Cruz: que as campanhas dos jornais merecem o aplauso de alguns políticos.

É conveniente que S. Exa. diga quem são êsses políticos!

É necessário que quem acusa, acuse directa e pessoalmente!

Apoiados.

Eu tenho autoridade para o fazer, porque nunca ataquei ninguém pelas costas.

Apoiados.

Tem-se dito que há imprensa que está enfeudada a certas emprêsas, com quem nada tive, e de que nunca fui empregado, mas não me consta que essa imprensa tenha feito ditadura, pois nunca exerceu assunções do Poder Legislativo.

Não confundamos aquilo que é inconfundível!

Apoiados.

Eu não venho falar em nome da ordem, nem do equilíbrio social; mas entendo que é necessário pôr as cousas no seu devido lugar, e por isso quis dizer estas palavras como protesto contra as tentativas de embaralhar o que é impossível baralhar e cortar a vida de Portugal em aventuras que não podem senão pôr em perigo a nacionalidade!

Disse.

O orador não reviu.

O Sr. Francisco Cruz: — Sr. Presidente: contra factos não há argumentos.

Em resposta às considerações do Sr. João Camoesas tenho simplesmente a dizer que a imprensa, deturpando os factos e a verdade, os aprecia duma forma que não quero classificar, para não dispor mal os ouvidos de S. Exa.

Aqui mesmo, dentro desta Câmara, se passam factos todos os dias que a imprensa, nas referências que lhes faz, muitas vezes deturpa. Mais ainda.

Quantos se têm dirigido à imprensa para desmentir determinados factos e a imprensa os não desmente? Evidentemente que não me refiro a toda a imprensa do meu País.

Lamento que a Câmara, tivesse tomado a atitude que tomou dando a impressão de se tornar cúmplice dessa obra miserável contra a República e contra o meu partido, que quere dignificar o regime e