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Sessão de 18 de Janeiro de 1924 11

ORDEM DO DIA

O Sr. Presidente: — Comunico à Câmara o falecimento do Sr. Dr. José de Pádua.

S. Exa. foi Deputado às Constituintes, como velho republicano muito dedicado à causa da República e aos interêsses do País.

Foi também um médico muito distinto que soube sempre honrar a sua missão. A todos quantos o conheciam a sua morte deve causar desgosto; o por isso proponho que na acta desta sessão se lance um voto de sentimento pela perda de tam ilustre cidadão.

O Sr. Almeida Ribeiro: — Fui companheiro do Dr. José de Pádua nos trabalhos desta Câmara.

Êle mereceu sempre toda a consideração dos seus colegas. E, assim, foi com profundo pesar que tive conhecimento da sua morte. Embora afastado ultimamente das lides do Parlamento, êle não deixara de continuar a interessar-se, como bom patriota que era, pela marcha da República e pelos assuntos que reclamavam a atenção do País.

Sentimos a sua perda; e, portanto, em meu nome e no dos Deputados do Partido Republicano Português, associo-me magoadamente ao voto de sentimento que V. Exa. acaba de propor.

O orador não reviu.

O Sr. Carvalho da Silva: — Comovidamente me associo, em meu nome e em nome da minoria monárquica, ao voto de sentimento que V. Exa. propõe à Câmara pelo pensamento do Sr. Dr. José de Pádua.

Fui seu amigo pessoal, e tive ensejo de reconhecer que José de Pádua possuía um belo carácter e largas faculdades de trabalho que o impunham à consideração de todos e até à estima dos seus adversários políticos. Pelo que foi em vida, bem mereço a sua memória a homenagem que a Câmara lhe está rendendo.

O orador não reviu.

O Sr. Pires Monteiro: — Em nome do Grupo Parlamentar da Acção Republicana, associo-me ao voto de sentimento que

V. Exa., Sr. Presidente, acaba de propor pela morte do Sr. Dr. José de Pádua.

José de Pádua foi um bom republicano e um distinto médico.

Neste momento em que tam necessários são os homens de energia e de boas intenções, no número dos quais podíamos incluir o ilustre, extinto, mais ainda deveremos prantear a sua morte.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Ministro do Comércio e Comunicações (António Fonseca): — Pedi a palavra para, em nome do Govêrno de que tenho a honra de fazer parte, me associar sentidamente ao voto de pesar que a Câmara vai lançar na acta desta sessão, por proposta de V. Exa.

O orador não reviu.

O Sr. Ferreira de Mira: — Sr. Presidente: em nome da minoria nacionalista, declaro que êste lado da Câmara se associa com a maior mágoa às manifestações da Câmara, todas de saudade e pesar pela morte do Dr. José de Pádua.

O orador não reviu.

O Sr. Estêvão Águas: — Uso da palavra para em meu nome, como conterrâneo e antigo condiscípulo do Dr. José de Pádua, juntar aos votos de sentimento já aqui emitidos, os meus também.

O extinto foi um belo cidadão, um grande republicano, e um distinto médico.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: — Em vista das manifestações de toda a Câmara, considero aprovado por unanimidade o voto de sentimento que propus.

Vai votar-se na generalidade a proposto de lei que autoriza o Govêrno a regulamentar o comércio de cambiais.

Procede-se à votação.

O Sr. Presidente : — Está aprovada.

O Sr. Carvalho da Silva: — Requeiro a contraprova e invoco o § 2.° do artigo 116.°

Seguidamente procede-se à contraprova, fazendo-se a contagem dos que aprovam, e dos que rejeitam.