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Sessão de 7 de Fevereiro de 1924 9

Á figura de Wilson é uma das que mais ficam perdurando no reconhecimento de toda a humanidade. Todas as homenagens que se prestem à memória de tam grande vulto da política internacional são bem merecidas, pela acção nobre e justa que Wilson desenvolveu a quando da grande conflagração mundial, e ainda depois no tempo da paz.

Lembram-se todos da acção decisiva que Wilson exerceu na Conferência da Paz, quando veio à Europa trazer aqueles mesmos princípios humanitários que havia pregado durante a guerra. Com os seus catorze célebres pontos, êle veio influir poderosamente na última confecção do tratado de Versailles. Nesses pontos consignou êle o princípio basilar da protecção aos pequenos países. Assim, Wilson estabeleceu na Conferencia da Paz uma tal atmosfera que tornou possível a aceitação por parte das principais potências, do fundamental princípio de se considerarem todos os países com igualdade de direitos na política internacional.

Portugal representado na Conferência da Paz, pelos homens Públicos a quem o País presta sempre as suas homenagens de consideração, Dr. Afonso Costa e Augusto Soares, viu com prazer a atitude do Presidente Wilson em favor das nações pequenas.

Há quem tenha atacado, por exagerados, os pontos de vista do Presidente Wilson, mas a verdade é que não podemos deixar de, nesta ocasião, em que se acende de novo a falta de harmonia entre os países que justamente deviam dar exemplos de concórdia, fazer o elogio de Wilson, como o paladino máximo da paz entre as nações.

Associando-me, pois, em nome dos parlamentares do Partido Republicano Português, ao voto que V. Exa. propôs, tenho a certeza de que presto uma alta homenagem de justiça à memória do graúdo homem público, Wilson, que foi Presidente da República dos Estados Unidos da América.

Associando-me também, como disse, ao voto de sentimento proposto pela morto do general Carvalhal, devo relembrar que êsse homem com armas na mão exerceu uma grande acção a favor da República.

Em 5 do Outubro de 1910 foi comandante da maior fôrça que se organizou, e

que decidiu da sorte do regime no celebre movimento envolvente da Rotunda.

Tenho dito.

O discurso será publicado na integra, revisto pelo orador, quando, nestes termos, restituir as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.

O Sr. Cunha Leal: — Em nome dos Parlamentares Nacionalistas associo-me aos votos do sentimento que V. Exa. acaba de propor.

O orador não reviu.

O Sr. Morais de Carvalho: — Em nome dos Parlamentares Monárquicos associo-me aos dois votos de sentimento que V. Exa. o, Sr. Presidente, propôs à Câmara.

O ex-Presidente Wilson foi de lacto uma figura de extraordinário relevo durante o tempo em que exerceu a sua alta magistratura, tendo um preponderante papel nas negociações da paz que se seguiram à Grande Guerra.

Não me pertence, neste momento, apreciar a sua acção nessa conjuntura.

Sr. Presidente: bastará o papel de real destaque desempenhado pelo Presidente Wilson quando da conflagração europeia, bastará ser um antigo chefe de um Estado com que Portugal mantém as melhores relações, para que a minoria monárquica sinceramente se associo às demonstrações de pesar propostas por V. Exa., assim, como se associa ao voto proposto pelo falecimento do Sr. general Carvalhal.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Carlos de Vasconcelos: — Em nome da Acção Republicana, associo-me aos votos de sentimentos propostos por V. Exa.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro das Finanças (Álvaro de Castro): - Em nome do Govêrno, associo-me aos votos do sentimento propostos por V. Exa.

O orador não reviu.

O Sr. Dinis da Fonseca: — Sr: Presidente: se esta fôsse ocasião própria para