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14 Diário da Câmara dos Deputados

parecer de 1921, discutido nesta Câmara, e proposta posteriormente apresentada pelos Ministros de então Portugal Durão e Lima Basto, encontra cousas inexplicáveis.

Encontramos diferenças como esta: ao passo que a proposta Portugal Durão e Lima Basto traz o plano detalhado, indicando o número de quilómetros construídos e a construir, se V. Exa. fôr apreciar o relatório do Br. António Fonseca encontra qualquer cousa como 6:600 quilómetros, quando o número de quilómetros a conservar é de 13:404. O Sr. António Fonseca em 1921, quando Ministro, propunha para conservação e polícia de estradas 2:250 contos.

Não compreendo como é que se vão encontrar três verbas completamente distintas!

É interessante fazer a comparação do relatório que precede a proposta do Sr. António Fonseca com a proposta apresentada pelo Sr. Lima Basto.

O Sr. Ministro do Comércio e Comunicações (António Fonseca) (interrompendo): — V. Exa. na p. 2 do relatório encontra as razões das divergências.

O Orador: — Eu não estou a comparar a proposta de V. Exa. com a de 1921 sem entrar em consideração com a proposta do Sr. Lima Basto; o que eu pregunto é se V. Exa. sabe explicar a diferença entre as três propostas, quando o objectivo é o mesmo.

O Sr. Ministro do Comércio e Comunicações (António Fonseca) (interrompendo): — Na proposta do Sr. Lima Basto não se faziam alterações, e hoje fazem-se. É que é!

O Orador: — Isso é uma afirmação dogmática.

V. Exa. sabe que o pior é o transporte do material.

O Sr. Ministro do Comércio e Comunicações {interrompendo}: — O que eu posso garantir a V. Exa. é que os cálculos estão feitos com todo o rigor, ao contrário do que V. Exa. julga; no entanto, devo dizer que se a pedra tiver de ser paga

pelo sistema actual, natural será que essa verba não chegue.

O Orador: — V. Exa. quer que lhe diga naturalmente se deve ou não pagar a pedra, isso, porém, é com V. Exa., tanto mais que é V. Exa. que tem a obrigação de defender a sua proposta.

O Sr. Paulo Cancela de Abreu (interrompendo): — O Sr. Ministro do Comércio pretende reparar cinco mil quilómetros de,estradas com pedra que lhe deverá ser entregue por vários particulares.

Isto representa até certo ponto uma violência, conforme eu mais tarde demonstrarei à Câmara; no entanto devo dizer que S. Exa. não poderá contar senão com alguma pedra de alguns particulares da Beira, pois de outros pontos creio que não haverá pedra em quantidade para fornecer o Estado de forma a elo poder mandar reparar cinco mil quilómetros de estradas.

O Sr. Ministro do Comércio e Comunicações: — O que é que V. Exa. quere: deseja que eu mande vir a pedra do estrangeiro?

O Sr. Presidente: — Devo prevenir o ilustre Deputado Sr. Plínio Silva que são horas de se passar à ordem do dia, e assim se S. Exa. quer poderá ficar com a palavra reservada para a sessão de amanhã.

O Orador: — Nesse caso peço a V. Exa. o obséquio de me reservar a palavra para a sessão de amanhã.

O discurso será publicado na íntegra, revisto pelo orador, quando, nestes termos, restituir as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.

Os «àpartes» não foram revistos pelos oradores que os fizeram.

O Sr. Presidente: — Está em discussão a acta.

O Sr. Norton de Matos: — Peço a palavra.

O Sr. Presidente: — Tem V. Exa. a palavra.