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18 Diário da Câmara dos Deputados

-feira passada não se referiam a nenhum dos membros desta casa do Parlamento. Isso me basta; de resto, fui eu o primeiro a pedir há pouco, como outrora, em tempos bem tristes, que todos os documentos qu me dissessem respeito fossem publicados.

Vozes: — Muito bem.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: — As declarações feitas pelos dois ilustres Deputados figurarão na acta e, portanto, julgo liquidado o incidente.

S. Exa. não reviu.

Nesta altura, foi posta a acta à votação, sendo aprovada.

O Sr. Presidente: — Chamo a atenção da Câmara.

O Sr. Carvalho da Silva deseja ocupar-se, em negócio urgente, do preço e qualidade do pão que vem sendo vendido ao consumidor. Vou, pois, consultar a Câmara sôbre se reconhece a urgência pedida.

O Sr. Carlos de Vasconcelos (para interrogar a Mesa): — Para poder votar com consciência, pregunto a V. Exa., Sr. Presidente, se o Sr. Ministro da Agricultura, que é a única pessoa competente para dar explicações sôbre o assunto, se encontra no edifício do Congresso.

O Sr. Carvalho da Silva (para explicações): — Tratar-se de assuntos urgentes sem a presença dos Srs. Ministros a quem êles respeitam tem-se feito já por mais de uma vez. Ainda não há muitos dias que isso só passou com um negócio urgente apresentado pelo Sr. Vasco Borges. Não me oponho, porém, a que seja convidado o Sr. Ministro da Agricultura a assistir às minhas considerações.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: — Em resposta à pregunta formulada pelo Sr. Carlos de Vasconcelos, tenho a informar S. Exa. que o Sr. Ministro da Agricultura não se acha presente no edifício do Congresso. Informo também que nenhum dos Srs. Ministros presentes está habilitado a

dar esclarecimentos precisos sôbre a questão de que o Sr. Carvalho da Silva se deseja ocupar-

S. Exa. não reviu.

O Sr. Carvalho da Silva: — Há mês e meio que quero tratar da questão do pão, e não há forma de o fazer!

O orador não reviu.

Consultada a Câmara sôbre a urgência, foi esta rejeitada.

O Sr. Paulo Cancela de Abreu: — Requeiro a contraprova.

O Sr. Carvalho da Silva: — A questão do pão é o maior escândalo da República! É a moagem quem manda!

O orador não reviu.

O Sr. Carlos Olavo: — Escândalo é palavra monárquica! Não existe na República!

O orador não reviu.

O Sr. Carvalho da Silva: — Escândalo, escândalo!

O orador não reviu.

O Sr. Jorge Nunes: — Estão muito contentes com o pão!

O orador não reviu.

Trocam-se vários apartes.

Procedeu-se à contraprova.

O Sr. Presidente: — Rejeitaram 30 Srs. Deputados e aprovaram 27.

OEDEM DO DIA

Continua a discutir-se o parecer n.° 649 (autorização ao Governo para suster medidas que importem aumento de despesa).

O Sr. Cunha Leal: — Sr. Presidente: na última sessão estava concluindo as minhas considerações relativas ao artigo apresentado pelo Sr. Almeida Ribeiro, e dizia eu que essa proposta, visando apenas à forma de aplicar parte da circulação fiduciária, não podia de forma alguma dar o efeito que se pretendia.

Eu quero ainda frisar que os quatro decretos que vêm alterar a situação estabelecida foram publicados com uma precipitação notável, e o mais que podem fazer é irritar as boas normas do direito, e