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16 Diário da Câmara dos Deputados

que estranho que o Sr. Jorge Nunes, à faltando outra cousa, viesse dizer que eu falto às sessões desta Câmara.

Então por eu faltar às sessões desta Câmara, não tenho o direito do me pronunciar sôbre os assuntos em discussão?

Com certeza que S. Exa. disse isto por não ter mais nada que dizer.

Creio ter explicado suficientemente as minhas palavras, para todos poderem reconhecer que não houve da minha parte nenhum propósito ofensivo para o Partido Nacionalista.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Pedro Pita: — Sr. Presidente: a afirmação, feita pelo Sr. Carlos Olavo, de que não tivera, com as suas- palavras de há pouco, o intento de ferir o Partido Nacionalista a que me honro de pertencer é o bastante para eu ter a certeza de que, de facto, tal intuito não teve. Todavia, das considerações produzidas por S. Exa. pode deduzir-se que a representação parlamentar do Partido Nacionalista teria uma atitude que de alguma maneira significasse o fazer-se o jôgo da minoria monárquica que pretende denegrir a República.

O Sr. Carlos Olavo: — Eu referi-me à acção do Govêrno.

O Orador: — «Denegrir a República» foi a expressão de S. Exa.

Ora o meu partido pode estar convencido de que o Govêrno tem, de facto, exorbitado das autorizações do Parlamento; pode estar convencido de que a acção do Govêrno é má, e, portanto, desde que apareça, aqui, uma moção do desconfiança é natural que êle a aprove.

Não temos que aprovar ou rejeitar qualquer documento que venha à nossa apreciação, sôbre a preocupação de quem o haja apresentado. Só temos que olhar a doutrinas e não a pessoas.

A minoria nacionalista vai votar a moção apresentada pelo Sr. Carvalho da Silva porque está convencida de que o Govêrno tem exorbitado das autorizações conferidas pelo Parlamento.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: — Vai votar-se a moção do Sr. Carvalho da Silva.

Foi lida na Mesa e seguidamente rejeitada.

O Sr. Carvalho da Silva: — Requeiro a contraprova e invoco o § 2.° do artigo 116.°

O Sr. Presidente: — Vai proceder-se à contraprova..

Feita a contraprova, procede-se à contagem.

O Sr. Presidente: — Estão sentados 15 Srs. Deputados e em pé 27. Não há número. Vai fazer-se a chamada.

Procede-se à chamada, à qual responderam dizendo «aprovo» 14 Srs. Deputadas, e dizendo «rejeito» 47:

Disseram «aprovo» os Srs.:

Afonso de Melo Pinto Veloso.

Aires de Ornelas e Vasconcelos.

António Ginestal Machado.

Artur Virgínio de Brito Carvalho da Silva.

Bernardo Ferreira de Matos.

Constâncio do Oliveira.

João de Ornelas da Silva.

João Vitorino Mealha.

Jorge de Vasconcelos Nunes.

José Carvalho dos Santos.

José Marques Loureiro.

Matias Boleto Ferreira de Mira.

Paulo Cancela de Abreu Pedro Góis Pita.

Disseram «rejeito» os Srs.:

Adriano António Crispiniano da Fonseca.

Alberto Ferreira Vidal.

Alberto da Rocha Saraiva.

Albino Pinto da Fonseca.

Amadeu Leite de Vasconcelos.

Angelo de Sá Couto da Cunha Sampaio* Maia.

Aníbal Lúcio de Azevedo.

António Abranches Ferrão.

António Albino Marques de Azevedo.

António Augusto Tavares Ferreira.

António Correia.

António Mendonça.

António Pais da Silva Marques.

António de Paiva Gomes.