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18 Diário da Câmara dos Deputados

Transporte

[Ver valores da tabela na imagem]

Há agora que juntar mais êste novo crédito que a Câmara, a julgar pelos precedentes, vai aprovar, e, sendo êle de 12:000 contos, eleva a soma que atrás apontei a cêrca de 164:000 contos; isto, repito, só de Janeiro do corrente ano para cá, sem falar, portanto, nos créditos abertos no primeiro semestre do ano económico de 1923-1924, e de que aqui não tenho a nota à mão.

Sr. Presidente: como é que, depois dêste estendal, nós podemos confiar, e temos muita pena de o não poder fazer, nas declarações feita ontem à Câmara pelo Sr. Presidente do Ministério, quando nos dizia que as receitas iam dando para as despesas, se temos aqui diante a demonstração provada de que não é apenas com o déficit confessado no Orçamento que o país tem de contar, mas que êsse déficit orçamental, que já soma algumas centenas de milhar de contos, acrescido destas quantias que acabo de referir, num total de cêrca de 164:000 contos?

Mais uma vez protestamos contra a maneira errada, defeituosa, permita-me V. Exa. que o diga, mentirosa, por que é feito o Orçamento Geral do Estado, maneira essa que dá em resultado êste pedido sucessivo de créditos extraordinários para fazer face a despesas que têm. de se realizar e que foram propositadamente computadas por baixo para não dar ao país a verdadeira impressão do estado desgraçado a que a República conduziu as finanças portuguesas.

Não tenho ilusões; sei que o Parlamento vai votar isto, mas melhor fora que o Govêrno, em vez dêstes pedidos sucessivos de créditos por conta-gotas, viesse aqui, e, de uma só vez, apresentasse ao país a verdade da situação, dizendo-lhe: «As despesas cresceram além dos cálculos orçamentais, sendo necessário um crédito de tanto».

Mas não, Sr. Presidente, como a verdade é muito dura, vá de espalhar, de a dividir aos bocadinhos, vá do a transfor-