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Sessão de 23 de Maio de 1924 13

lho da Silva, seja feita em duas partes: uma — a inscrição para a ordem do dia da próxima sessão; outra — a de prejuízo dos projectos já inscritos.

O Sr. Francisco Crus: — Sr. Presidente: sem querer fazer qualquer censura à Mesa, lembro a V. Exa. que há pouco terminei as minhas considerações por formular um requerimento, e estranho, por isso, que V. Exa. ainda não pusesse êsse requerimento à votação.

O Sr. Presidente: — Depois de submeter à votação o requerimento do Sr. Carvalho da Silva, será votado o de V. Exa.

O Sr. Carlos Pereira (para interrogar a Mesa): — Sr. Presidente: eu gosto muito de cumprir as disposições regimentais, e por isso peço a V. Exa. que me esclareça se, a propósito dum requerimento, se pode usar da palavra sôbre o modo de votar.

Faço esta pregunta o V. Exa. porque na última sessão, querendo eu usar da palavra sôbre o modo de votar um requerimento, foi-me respondido pela Presidência que o não podia fazer.

Dividido o requerimento do Sr. Carvalho da S Uva em duas partes — segundo deliberações da Câmara e pedido do Sr. Almeida Ribeiro — foi aprovada a primeira parte e rejeitada em prova e contraprova com invocação do § 2.° do artigo 116.° do Regimento feita pelo Sr. Cancela de Abreu, por 33 votos contra 25, a segunda parte do mesmo requerimento.

O Sr. Francisco Crus: — Sr. Presidente: renovo a V. Exa. o meu requerimento para que o primeiro projecto a discutir na próxima sessão seja o das estradas.

Foi rejeitado, em prova e contraprova requerida pelo apresentante, por 35 contra 28 votos, o requerimento do Sr. Francisco Cruz.

O Sr. Presidente: — Vai passar-se à ordem do dia. Continua a discussão do parecer n.° 668-A.

O Sr. Carvalho da Silva (para interrogar a Mesa). — Sr. Presidente: tendo o Sr. Ministro do Comércio ficado com a palavra reservada, em resposta à interpelação do Sr. Vergílio Costa, que foi considerada pela Câmara um negócio urgente, parece-me que essa questão devia preferir a da discussão da proposta dos impostos.

O Sr. Presidente: — Como não está presente o Sr. Deputado autor da interpelação, vai continuar a discutir-se o parecer n.° 668-A.

Tem a palavra, para prosseguir nas suas considerações interrompidas na última sessão, o Sr. Alberto Jordão.

O Sr. Alberto Jordão: — Sr. Presidente: vinha eu dizendo que a acção de determinados Ministros das Finanças tem sido de molde a não trazer ao País nenhuma conveniência de ordem económica ou social, e referi-me directamente a alguns dêsses Ministros.

Continuando na mesma ordem de ideas, direi que, depois das considerações que produzido propósito da acção que desenvolveram nu sua passagem pelas cadeiras do Poder, não valerá muito a pena esmiuçar e analisar com larga demora o que foi sucedendo no capítulo «finanças», ou seja o que foi a acção dos Srs. Ministros que se seguiram.

No entretanto, não quero deixar passar, sem referencia ligeira a inacção do Ministro Sr. Rêgo Chaves, que, muito embora com qualidades de inteligência que reconheço e- a que presto homenagem, a verdade é que, se se notabilizou emquanto dirigiu a pasta das Finanças, foi por não ter realizado cousa alguma por que se pudesse impor ao País.

Quási não vale a pena, também, citar a efémera passagem do Sr. Pina Lopes pela pasta da Fazenda Pública, nem tam pouco o episódio sucedido a propósito da discussão do qualquer proposta de S. Exa. fl nesta casa do Parlamento.

Foi um Ministro apenas como tropa e — S. Exa. mesmo o deu a entender — em cumprimento de uma ordem dimanada dos seus legítimos superiores.

A passagem do Sr. Vitorino Guimarães pela cadeira das finanças já teve referência da minha parte o fica então o Sr. Velhinho Correia, que sendo um Deputado com qualidades do trabalho, procurando pôr essas qualidades ao serviço da causa pública, produziu afinal todas essas pró-