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Sessão de 11 de Junho de 1924 23

A medida que o Govêrno acaba de tomar, há-de ser uma medida que nos avassala à finança internacional.

É positivamente a ruína do crédito nacional.

Muitos apoiados.

Tenho dito.

Vozes: — Muito bem, muito bem.

O orador não reviu.

O orador foi muito cumprimento por toda a direita da Câmara.

É lida, admitida e entra em discussão a moção apresentada pelo orador.

O Sr. Vergílio Costa: — Requeiro a prorrogação da sessão até liquidação do assunto em debate, com preterição da segunda parte da ordem do dia.

O Sr. Jaime de Sousa (sobre o modo de votar): — Sr. Presidente: eu creio que o requerimento do Sr. Vergílio Costa não é de aceitar pela Câmara.

Pela forma por que tem decorrido o debate, e pelo conhecimento que há do assunto, vê-se que há uma grande confusão em interpretar o instrumento de lei em discussão, quer quanto à sua economia, quer quanto aos resultados que da sua aplicação podem advir para os efeitos do equilíbrio orçamental que o Govêrno e a Câmara têm em vista.

Assim vemos que emquanto o Estado pretende fazer economias e evitar grossos pagamentos a qu»3m já recebe muito dinheiro, vários membros desta Câmara sustentam a peregrina doutrina de que não é a êsses detentores do capital que o Estado deve ir buscar o necessário para fazer face às suas despesas.

O assunto está portanto por esclarecer e, por isso, entendo que não é de votar o requerimento do Sr. Vergílio Costa, que dalguma forma delimita a nossa apreciação.

O orador não reviu.

O Sr. Carvalho da Silva: — A demora da solução dêste assunto, só pode servir à jogatina que lá fora se faz, à custa do pão de muitas famílias.

O Sr. Moura Pinto (para interrogar a Mesa): — Peço a V. Exa. que me diga

quantos Srs. Deputados se encontram inscritos sôbre o debate neste momento.

O Sr. Velhinho Correia: — Peço a palavra.

Vozes: — Ah! Agora.

O Sr. Presidente: — Estão inscritos os Srs. Cunha Leal, Carlos Pereira e Velhinho Correia, que acaba de pedir a palavra.

Vai votar-se o requerimento do Sr. Vergílio Costa.

Procede-se à votação.

O Sr. Presidente: — Está rejeitado.

O Sr. Vergílio Costa: — Requeiro a contraprova.

O Sr. Carvalho da Silva: — Invoco o § 2.° do artigo 116.°

O Sr. Presidente: — Vai proceder-se à contraprova.

Procede-se à contraprova, fazendo-se a contagem.

O Sr. Presidente: — Está rejeitado.

Estão sentados 29 Srs. Deputados e em pé 43.

Tem a palavra o Sr. Cunha Leal.

O Sr. Cunha Leal: — Sr. Presidente: o incidente que acaba de levantar-s e a propósito de um requerimento do Sr. Vergílio Costa, que era a repetição exacta de um outro feito na sexta feira passada, prova apenas que a maioria em questões desta natureza, se não decide, senão por motivos de ordem política.

Apoiados.

Que razões foram então invocadas para se pedir a prorrogação da sessão de sexta-feira e mais ainda para se permitir que em caso necessário o Sr. Presidente, contra o que estabelece o Regimento, marcasse sessão para sábado?

Invocaram-se razões de ordem moral.

Dizia-se que tinha havido uma fuga no Ministério das Finanças, quanto ao conhecimento de que tal decreto ia ser publicado.

Dizia-se que certas pessoas tinham aproveitado essa fuga e que em determi-