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18 Diário dá Câmara dos Deputados

os portugueses que estão fora do País, pois que com o dinheiro deles foi construído?

Estão de facto êsses navios em condições de sofrerem reparações?

Eu não sei se esta hipótese é admissível, e que os navios estão em condição de prestar serviços.

A República encontrou uns certos navios quando foi implantada.

Vendem-se navios, protesta-se; depois esquece-se, e volta-se a vender.

Agora, Sr. Presidente, que temos navios nessas condições, e eu lembro-me perfeitamente da insistência com que se pediu a entrega da barca flores dos Transportes Marítimos do Estado, para ser utilizada pela marinha de guerra.

Na, verdade não se sabe bem se havia, ou não, necessidade em se requisitar êsse barco.

Não me pouparei em pedir ao Sr. Ministro da Marinha esclarecimentos sôbre o relatório da sua proposta, com os elementos indispensáveis, pois o Sr. Ministro tem de facto, como não pode deixar dê ter, pareceres de técnicos, condenando êsses barcos, isto é, julgando-os absolutamente em condições de não poderem já sofrer reparações.

Eu estou absolutamente certo que o Sr. Ministro da Marinha não deixará de esclarecer a Câmara a êste respeito, pois tenho quási a certeza de que S. Exa. possui os elementos suficientes para poder basear a sua afirmação, isto é, propostas de casas estrangeiras para o efeito de as confrontar sôbre preços.

O Sr. Presidente: — Devo prevenir V. Exa. de que são horas de se passar à segunda parte da ordem do dia, podendo-se V. Exa. assim o entender, ficar com a palavra reservada para a sessão de amanhã.

Vozes: — Fale, fale!

O Orador: — Visto que o Regimento me permite ficar com a palavra reservada; prefiro continuar amanhã as minhas considerações.

O orador não reviu.

O Sr. Carlos de Vasconcelos: — Sr. Presidente: requeiro a V. Exa. que consulte
a Câmara sôbre se permite que o projecto em discussão baixe às comissões.

O Sr. Lourenço Correia Gomes (em nome da comissão de finanças): — Sr. Presidente: eu requeiro a V. Exa. que consulte a Câmara sôbre se permite que a comissão de finanças reúna amanhã durante a sessão.

O Sr. Carvalho da Silva: — Sr. Presidente: peço a V. Exa. que me elucide sôbre se a comissão de finanças se encontra constituída nos termos regimentais,-isto é, só ela tem presidente?

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: — A comissão de finanças tem número suficiente para reunir, e o seu presidente, Sr. Barros Queiroz, ainda não foi substituído.

S. Exa. não reviu.

O Sr. Carvalho da Silva: - A comissão, nos termos regimentais, não pode reunir-se sem ter o seu presidente.

No momento em que de todos os problemas, no País o mais importante é o financeiro, não faz sentido que a comissão de finanças não tivesse feito ainda a escolha do novo presidente;

Peço a V. Exa. Sr. Presidente o favor de fazer com que a comissão de finanças se complete quanto antes, para então poder trabalhar.

O orador não reviu.

O Sr. Lourenço Correia Gomes (para explicações): — Sr. Presidente: mais uma vez eu tenho de lamentar a intervenção do Sr. Carvalho da Silva.

S. Exa. é sempre infeliz quando quere procurar por qualquer forma impedir que se trabalhe dentro desta casa do Parlamento.

O Sr. Carvalho da Silva errou mais uma vez.

Por emquanto a comissão de finanças ainda considera seu presidente o Sr. Barros Queiroz, porque não tomou ainda resolução em contrário, nem elegeu quem o substituísse.

A reunião de amanhã é para resolver assuntos que respeitam a si própria, e nesse momento ela resolverá sôbre o assunto do Sr. Barros Queiroz, comunicando em seguida a sua resolução à Mesa.