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Sessão de 12 de Agosto de 1924 23

E toda essa legião dos novos pobres que merece a protecção do Estado.

Todos temos que reconhecer as dificuldades gerais da vida, porque todos os dias as vemos e sentimos.

Julgo ter dito o bastante para que a Câmara veja que em toda a parte, ao contrário do que aqui foi afirmado, a propriedade representa um direito sempre respeitado.

Todos têm. o dever de saber as restrições que no momento actual se impõem ao direito de propriedade, e que quem não souber olhar o problema social por uma maneira consentânea com o espírito da época, não resolverá, agravará êsse problema.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: — O Sr. Marques Loureiro enviou à Mesa da Câmara uma carta renunciando ao seu mandato.

S. Exa. faz muita falta nesta Câmara pelas suas brilhantes qualidades de carácter e de inteligência.

Espero que a Câmara declinará na Mesa o encargo de procurar demovê-lo do seu propósito.

S. Exa. não reviu.

O Sr. Ginestal Machado: — Sr. Presidente: pedi a palavra para dizer que me associo sinceramente às palavras de V. Exa., aos seus desejos, que são os desejos de toda a Câmara.

Apoiados.

São também os meus desejos, muito especialmente,

Como parlamentar, o Sr. Marques Loureiro é um orador distinto; não faço favor nenhum em o dizer, e a Câmara certamente corrobora a minha afirmação.

Apoiados.

Muito prazer tenho em manifestar a justa consideração e a estima que tenho pelo Sr. Marques Loureiro.

Desejaremos que êsse equívoco desapareça, e que S. Exa. volte a ocupar o seu lugar nesta Câmara.

Afirmo êste desejo em meu nome e no do Partido Nacionalista.

Apoiadas.

O discurso será publicado na íntegra, revisto pelo orador, quando restituir, nestes termos, as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.

O Sr. Carlos de Vasconcelos: — Sr. Presidente: em nome do Grupo Parlamentar de Acção Republicana, faço votos por que V. Exa. consiga que o ilustre Deputado Sr. Marques Loureiro retire o seu pedido de renúncia.

Para êle vão os nossos votos, esperando que V. Exa. consiga o desideratum desejado, a que o ilustre Deputado tem direito pelo seu saber.

O orador não reviu.

O Sr. António Maria da Silva: — Sr. Presidente: em nome dêste lado da Câmara tenho a dizer que o Sr. Marques Loureiro é um parlamentar distinto e só um mal entendido o terá levado a tomar a resolução que tomou.

O Sr. Marques Loureiro é um distinto ornamento desta Câmara, e certamente compreenderá que deve modificar a sua atitude e nesse sentido julgo que devem ser feitos todos os nossos esfôrços.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Pinto Barriga: — Sr. Presidente: em meu nome e no dalguns Srs. Deputados independentes, associo-me às palavras de V. Exa., para que o ilustre Deputado Sr. Marques Loureiro regresse aos trabalhos parlamentares.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Dinis da Fonseca: — Sr. Presidente: é com o maior prazer que dêste lado da Câmara se faz a declaração da muita consideração que nos merece o Sr. Marques Loureiro, e por isso fazemos votos para que as diligências que vão ser feitas junto de S. Exa. sejam coroadas de êxito, e que S. Exa. volte breve ao Parlamento, onde a sua proficiência jurídica é bem reconhecida.

Todos temos visto a maneira de S. Exa. trabalhar nesta Câmara, e isso faz com que seja sentida a sua falta.

Por isso faço votos por que o Sr. Marques Loureiro renuncie à atitude que tomou e que os esfôrços de V. Exa., Sr. Presidente, nesse sentido sejam coroados de êxito.

Tenho dito.

O orador não reviu.