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10 Diário da Câmara dos Deputados

O Sr. Jaime de Sousa (interrompendo): — Êsse auxílio será à província ou ao Banco Ultramarino?

O Orador: — No de que de mim depender, e emquanto eu fôr Ministro das Colónias, êsse auxílio será feito exclusivamente à província.

A minha orientação será esta.

Neste momento nada mais posso dizer.

Tenho dito.

O orador não reviu.

Q Sr. Jorge Nunes: — Sr. Presidente: eu bem quereria poupar o Sr. Ministro do Comércio, mas S. Exa. parece que está apostado em se colocar sempre numa situação merecedora das maiores censuras da parte daqueles que não têm a felicidade de ser do número dos seus amigos pessoais, mais ou menos ligados a S. Exa. por quaisquer laços partidários.

Li nos jornais que o Sr. Ministro do Comércio tem feito uma larga distribuição dos fundos disponíveis para conservação e construção de estradas.

Está claro que S. Exa. não teve ocasião de no verão fazer qualquer visita a vários pontos do país, naturalmente porque não teve ensejo de ser convidado para qualquer festa.

Êsses pontos foram esquecidos completamente.

Foi-me feita uma reclamação, para a qual chamo a atenção muito especial de S. Exa., pedindo-lhe que, ao menos, procure ser, em vez de Ministro duma parte da Câmara, Ministro do País.

Apoiados.

Quero referir-me a um troço de estrada de grande importância, no norte do país que liga Jugueiros a Fafe.

Tanto sob o ponto de vista industrial como comercial é importante.

Já foi feita a S. Exa. uma reclamação neste sentido, mas nada se conseguiu. A distribuição das verbas não me parece o mais conforme com os interêsses locais.

Não me tem chegado o uso da palavra antes da ordem do dia, visto o Sr. Tavares de Carvalho ter, creio, o monopólio de falar nesse tempo. Por isso aproveito o ensejo para mandar para a Mesa um projecto de lei, que merecerá a atenção da Câmara, pois trata de manter o curso complementar de letras no Liceu de Camões.

Não faço a sua defesa, não o justifico, visto que se impõe a todos. Peço para êle a urgência e a dispensa do Regimento.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Ministro do Comércio e Comunicações (Pires Monteiro): — Sr. Presidente: visitei as estradas mais importantes, e não posso deixar de dizer que a verba votada de 15:000 contos se destina a grandes estradas. As outras verbas são exíguas.

Há um imposto local, destinado a aumentar os vencimentos dos cantoneiros. São dois mil contos para êsse fim. A principal dificuldade para a construção e reparação de estradas são os cantoneiros. Com os vencimentos que recebem não há ninguém que queira ser cantoneiro.

Para as estradas de Lisboa, Sintra e Cascais tenho destinadas as verbas dentro das possibilidades do orçamento.

O Sr. Maldonado de Freitas (interrompendo): — Ainda hoje vi uma lista de verbas que V. Exa. tem dado para estradas.

Tem, portanto, sido pulverizada a verba.

O desenvolvimento industrial precisa de estradas; para as regiões industriais é que V. Exa. deve ter verba.

O Orador: — O Sr. António Fonseca apresentou aqui uma lei sôbre estradas. A discussão foi iniciada.

Fez-se o empréstimo; mais nada.

O Sr. Agatão Lança: — Desejo lembrar a V. Exa. o facto de nas regiões oficiais mentirem.

V. Exa. mesmo me respondeu, que não tinha verba para estradas.

O Orador: — Não tem razão as considerações que V. Exa. acaba de lazer.

O Sr. Agatão Lança: — Eu fui ao Ministério e disseram-me que não havia verba, e isto foi-me dito pelo administrador geral das estradas. Então V. Exa. não falou verdade.

O Orador: — O que posso dizer a V. Exa. é que o administrador geral das estradas