O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

24 Diário da Câmara dos Deputados

Procedi com aquela energia o aquela justiça que costumo sempre empregar no cumprimento dos meus deveres.

Aquiescendo à solicitação dos meus colegas, guardo para outra ocasião tratar circunstanciadamente desta questão, que não foi levantada por mim, mas pelo Sr. João Camoesas.

Espero que o meu gesto faça com que os meus colegas me deixem no momento oportuno tratar do assunto.

Vozes: - Muito bom.

O orador não reviu.

O Sr. António Correia: - Sr. Presidente: tenho de me referir primeiramente à energia do Sr. Ministro do Comércio, Plínio Silva, que nos deixou saudades pela forma conecta e honrosa como soube desempenhai o seu cargo mostrando aquela emergadura e prestígio que caracterizaram o Ministro da Guerra do Ministério Álvaro de Castro no período agitado da questão dos aviadores.

Acedendo, também ao pedido de amigos, reservo me para mais tarde tratar do caso do pôrto de Lisboa.

Sr. Presidente: ditas estas palavras, e para não ocupar mais tempo à Câmara, quero terminar prestando as maiores homenagens da minha admiração e simpatia ao Sr. Plínio Silva, pelo seu carácter, decisão e energia o pelo alto prestígio que quis dar ao Podei Executivo, porque pode orgulhar-se de ter prestigiado êsse lugar com o seu gesto de repulsa, que outros não tiveram quando por aí passaram.

O orador não reviu.

O Sr. João Camoesas: - Sr. Presidente: referi-me apenas a um acto e não a uma pessoa.

Em quanto não tiver elementos bastantes para modificar a minha opinião, mante-la hei.

O caso da demissão do Sr. Rodrigues Gaspar não me interessa: S. Exa. dispensa bem a minha defesa.

O decreto, porém, por via do qual S. Exa. foi demitido é que não está nos termos convenientes

O orador não reviu.

O Sr. Plínio Silva: - Sr. Presidente: a circunstância de no decreto não terem sido escritas aquelas palavras que vulgarmente são escutas nos decretos não era senão de espera.

Sou homem que tem desempenhado alguns lugares, bem ou mal; é possível que algumas vezes bem, sou militar, e durante muitos anos não tive um louvor pelos serviços prestados.

Dir-me-hão que porventura, os não merecei ia por ter desempenhado mal o meu lugar.

Um determinado louvor, em certos casos, nada significa.

Tenho, porém, um louvor no desempenho duma função pública que muito estimo, pelas condições especiais em que foi lavrado e que nunca mais me esquecerão pela justiça que me foi feita.

Êsse, sim, foi um acto de justiça pelos meus serviços.

Mas eu apelo para o carácter do próprio comandante Sr. Rodrigues Gaspar.

Não seria um mau acto da minha parte acrescentar quaisquer palavras ao decreto?

No decreto de exoneração não quis escrever palavras que, deminuindo-me a mim, podiam, porventura, deminuir o comandante Sr. Rodrigues Gaspar.

Os factos são êstes, e nestas condições, a observação feita pelo Sr. João Camoesas não pode ser interpretada como um propósito de agravo ao Sr. Rodrigues Gaspar, parecendo-me que estas explicações devem satisfazer por completo o Sr. João Camoesas.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: - Não há mais nenhum Sr. Deputado inscrito.

O Sr. António Mana da Silva: - Peço a palavra.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. António Mana da Silva.

O Sr. António Maria da Silva: - Sr. Presidente: circunstâncias especiais trouxeram-me a êste debate político, mas antes de iniciar as minhas considerações sôbre o assunto para que pedi a palavra, quero saudar o Ministério da presidência do meu velho e querido amigo, e ilustre