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Sessão de 9 de Março de 1925 9

gente", e, depois, vai discutir-se a selagem.

Foi aprovada a urgência para a proposta enviada para a Mesa pelo Sr. Ministro da Marinha.

Vai adiante publicada por extracto nos "Documentos enviados para a Mesa durante a sessão".

O Sr. João Camoesas (em negócio urgente): - Sr. Presidente: quando os Deputados Nacionalistas abandonaram os trabalhes parlamentares, foi dêste lado da Câmara que se tomou a iniciativa, pela palavra do Sr. Almeida Ribeiro, em nome dos Deputados do Partido Republicano Português, de formular o voto de que o seu regresso rápido fôsse um facto. E, ainda hoje, Sr. Presidente, estou absolutamente convencido de que são êsses os desejos dos representantes do Partido Republicano Português nesta Câmara.

Apoiados.

Porém, o Congresso Nacionalista, que acaba de realizar-se, pôs em foco uma política inédita e subversiva dos bons princípios republicanos, a qual pode ter uma funda repercussão no problema da ordem pública do País, exigindo de todos nós uma grande atenção e cuidado, e até mesmo uma clara definição de atitudes.

Procurou-se nas sessões do Congresso do Partido Nacionalista convencer o País de que estamos vivendo numa situação inconstitucional, fora da lei, o na qual aquele Partido não pode colaborar.

Porém, Sr. Presidente, sabe toda a Câmara o sabe o País que assim não é.

Apoiados.

O Sr. Presidente da República procedeu dentro da Constituição e segundo as praxes mais ou menos estabelecidas em matéria de crises ministeriais.

Apoiados.

Podem todos os partidos discutir a maneira como S. Exa. resolveu a última ou as últimas crises ministeriais, sob diversos pontos de vista, mas o que não podem é criar um estado de questão tendente a estabelecer uma espécie de coacção sôbre o Chefe do Estado.

Apoiados.

No entender deles, S. Exa. só pode tomar resoluções que convenham unicamente a uma determinada facção partidária.

Sr. Presidente: pertenço a um partido que há anos preconizou a entrega do Poder, com a dissolução Parlamentar, ao Partido Liberal.

Foi em 1921, e eu ora então um dos membros do Directório do Partido Republicano Português. Mas verificou-se, Sr. Presidente, que, ao contrário do que se supunha, o eleitorado tem uma vontade própria, tem uma consciência sua, e não basta que um partido ocupe o Ministério do Interior e fabrique ali uma maioria sua, como se fazia no tempo da Monarquia, para se conseguir alcançar uma maioria que permita a qualquer partido satisfazer as suas aspirações de governar o País.

Para se obter isso, é preciso criar no País o respectivo ambiente.

Apoiados.

Sr. Presidente: como republicano, eu protesto contra as tentativas de levar o País às perturbações de fintes de 1921, que só podem ser úteis aos interêsses particulares dos que para ai têm distribuído dinheiro nos últimos dias, segundo se diz, para êsse efeito, mas que são prejudiciais à Nação inteira.

Apoiados.

Como português, não posso deixar de protestar contra as atitudes nitidamente revolucionárias, que pretendem converter o Chefe do Estado num objecto de agressões, e não do críticas serenas e justas, mas de críticas que chegam a ir até os títulos dos seus livros, para tirar ilações imorais, chegando a espalhar-se por toda a parte boatos de natureza a mais revoltante, classificando-os eu assim para não empregar uma palavra que não esteja nas tradições desta casa do Parlamento.

Continuo convencido de que o Partido Republicano Português tem procurado à custa de todos os sacrifícios, semeando, porventura, o descontentamento entre os seus soldados, e dando a partilha do Poder a quem dele tem querido partilhar, não partilhando dele o Partido Nacionalista porque a isso se tem oposto, criar um estado do paz política tal; que já permitiu que o Sr. Velhinho Correia pudesse dar ao País a boa nova do estar em termos do vingar uma política de restauração financeira.

Mais do que nunca, devemos cerrar fileiras para manter a paz política contra